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Canoas apenas 81 anos?

Por | Cauê Nascimento

Não sou contra comemorarmos o aniversário da cidade na data da emancipação política (27 de junho), mas também temos outras datas importantes para serem lembradas.
Em 14 de abril, celebrou-se os 146 anos da inauguração da estrada de ferro São Leopoldo-Porto Alegre.
Em Canoas, a primeira estação foi instalada em 1874 onde hoje está a Rua Domingos Martins.
A Primeira estação começou a ser construída em 1871 e foi inaugurada em 1874.
Por coincidência esta data é a mesma que está no brasão municipal.
Mas, as nossas origens começam em 1725 quando aqui chegaram os tropeiros lagunistas e o pioneiro povoador Francisco Pinto Bandeira.
Ele criou a Fazenda Gravataí, que depois foi herdada por seu filho Rafael.
Mais tarde, as terras ficaram com Josefa Eulália de Azevedo (a Brigadeira).
O povoamento da região tem início em torno da estação férrea, que ficava no centro da fazenda.
Os homens da guarda da estação utilizaram uma grande árvore na construção de uma canoa para o serviço da sede, localizada as margens do Rio dos Sinos.
Outras canoas foram feitas, por esse motivo, o local ficou conhecido como Capão das Canoas, o que originou o nome da estação, do povoado e, posteriormente, do município.
Mais tarde, a estação foi transferida para onde hoje é o prédio da Fundação Cultural.
É preciso fazer um resgate da história.
Poucos sabem dos motivos que levam uma das principais vias da cidade a chamar-se 15 de janeiro.
Não é possível apenas dizer que moramos na cidade que tem um avião na praça.
Vamos procurar conhecer melhor nossa história, afinal junto à Biblioteca Municipal João Palma da Silva funciona o museu municipal e o arquivo histórico que oferecem excelentes opções de conhecimento.

Monumento na Avenida Santos Ferreira ,frente ao Clube Fênix na Colina do Abílio,local onde ficava a Fazenda de Pinto Bandeira inaugurado em 1974,marcando o centenário da cidade

Como poderia a história esquecê-los?
De modo algum, pois seus nomes tornaram-se símbolos caros para nós, e mais caros ainda serão para as gerações futuras, à medida que a lembrança de seus humildes nomes se distâncie no tempo…
Sirvam as referências ai registradas como uma homenagem a memória dos humildes Carpinteiros da Ribeira que, num momento histórico , embora sem se aperceberem batizaram com o labor de suas mãos a cidade e o município em que vivemos. A memória dos cinco pardos que foram os primeiros moradores do nascente povoado, já agora não pertence antigos canoenses, porque entra para os anais do município como patrimônio de todos.
(João Palma da Silva, As origens de Canoas, 1963)

Os Carpinteiros da Ribeira foram os primeiros e verdadeiros canoenses. Segundo Dna. Castorina Lima Silveira, nascida em 1885 e moradora de Canoas desde 1897.
“Conheci os homens que, segundo se dizia, haviam montado guarda do Maj. Vicente no Mato da Estação, onde fizeram umas canoas, e de onde saiu o nome da parada de trens ali instalada.
Os quatro irmãos índios, Antonio, Elias, José e Sebastião Corrêa era como dizia antigamente Carpinteiros da Ribeira de serviços brutos. Tocavam gaita, e o Tio José até fazia gaitas de foles. Eram escravos do maj. Vicente. O último a morrer foi o Tio José, o gaiteiro.
(As Origens de Canoas, João Palma da Silva, 1963)

Antiga Estação Férrea,na esquina da Rua Domingos Martins

OS GAMELEIROS

CARPINTEIROS DA RIBEIRA
ABREM O FOLE DA GAÍTA
NO CAPÃO DAS CANOAS Á BEIRA…
COM AGUÁ ARDENTE A FARRA É FEITA

DO INSTRUMENTO É FABRICANTE
O TIO JOSÉ MULATO IRMÃO
DO ELIAS, ANTONIO E SEBASTIÃO
GAMELEIROS E CANOENSES CANTANTES

SE OUVIR DO CAPÃO AMOROSA CANTIGA
PENETRANDO ESTE PEITO SOFRIDO
LEMBRO SAUDOSO DAQUELE FORMIGA
RAZÃO ÚNICA DO MEU AMOR FERIDO.
(Antonio José Pereira, poeta canoense, nascido a 17/10/1880)

Cauê Nascimento, jornalista, historiador, e responsável pelo site VOZ NATIVA

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