Por | Marco Leite

Estava ouvindo e lendo, ou seja, filtrando as informações.
Todos viramos infectologistas, todos entendemos do Coronavírus, eu quando entendo mais desentendo.
Existe um áudio que viralizou em grupos de whatsApp e nas redes sociais, que fala do caos instalado, de pessoas sem ter o que comer, do exército nas ruas e outras barbaridades. Alardeando que Canoas, como se fosse uma ilha, iria fechar suas fronteiras e entrar em estado de sítio. Vale lembrar que o principal meio de transporte, a Trensurb, da região metropolitana e Vale dos Sinos cruza nossa cidade com diversas estações, seis no total. E nelas desembarcam diversos trabalhadores de nossas indústrias, profissionais de hospitais, entre outras atividades.
Canoas liga tudo a todos, é capital sem ser, não somos uma ilha, a prova está que nosso sistema hospitalar atende 156 municípios do Rio Grande do Sul.
Não tivesse o Coronavírus, mas só as doenças de inverno, nossos hospitais estariam hoje com grande movimentação, existem leitos para atender e eles aconteceram em decorrência da pandemia. O que nos falta é material humano, o próprio secretário da Saúde, Fernando Ritter, já admitiu isso.
Julho e agosto são meses de grande movimentação em todos os hospitais do RS, e aqui não seria diferente, estamos sim em uma situação muito crítica, mas tem gente da própria imprensa que defende que o comércio continue aberto, fazendo assim com que as pessoas circulem livremente como se estivessem de férias.
Para os entendidos em pandemia, inclusive eu, que não entendo nada, é preciso alertar que o melhor é ficar em casa, manter principalmente o distanciamento social e respeitar a doença, que agora vem acompanhada das doenças de inverno.
A pandemia trouxe algo de bom consigo, se é que podemos afirmar isso, ela estruturou nossas casas de saúde, sem ela talvez o município não tivesse tomado a atitude que tomou de fornecer mais leitos, mais UTIs e respiradores, que são e serão usados em outras enfermidades.
O Coronavírus mata menos que as outras doenças, mas ajuda a superlotar os hospitais, e por decorrência disso as pessoas morrem também.
Realmente serão dois meses difíceis, mas mais difícil é a ignorância dos alarmistas, e da própria imprensa que acha que sabe mais que os médicos. Ofendem os governantes em todas as instâncias. Eu, particularmente, acho que os governos, estadual e municipal, se prepararam para a pandemia da melhor forma, só que o Rio Grande Sul tem um foco de doenças respiratória nessa época e agora acrescida da pandemia.
É preciso acreditar menos nos alarmistas e se informar mais, aproveitem o tempo que estão em isolamento social e procurem ler notícias verdadeiras, não espalhem o caos, se não é confiável não passem pra frente, pensem no mal que estão causando com isso.

Vai dar certo, isso vai passar!

Assistam o vídeo de um médico do Hospital Universitário de Canoas, as informações são bem interessantes e pontuais.

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