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Eu confesso!

Por | Marco Leite

Andei negligenciando o distanciamento social, eu confesso, relaxei e deixei a vida correr solta e em perigo. Sou humano, eu confesso, fui trabalhar e dar um passeio. Nos dias que estive fora, eu confesso, me diverti e muito. Não vi pessoas sem máscaras, respeitei a distância de dois metros das pessoas, fui a restaurantes, que também não estavam super lotados.
Enfim, eu confesso, me expus ao perigo do Coronavírus, do hotel onde fiquei presenciei dois sinistros, no primeiro dia o asfalto úmido congelou e causou dois graves acidentes. Em outro, um homem, talvez alcoolizado, sacou de uma arma contra os policiais e acabou morrendo no confronto.
O Coronavírus está entre nós e o Rio Grande do Sul é o novo epicentro da pandemia. Eu confesso, fui libertino e me dei certos caprichos, afinal, foram mais de 100 dias confinado e com pouquíssimas saídas na rua. Eu faço as compras da casa, compras para minha mãe e às vezes o trabalho me obriga a sair de casa, eu confesso, que muito pouco.
O maior dos perigos, eu confesso, foi na estrada voltando para casa. Chovia muito, a ribanceira, a água na pista e os penhascos nos deixaram em grande perigo. Eu confesso, fiz uma oração de agradecimento quando entrei em meu apartamento. Tive três dias de muita felicidade, com minha esposa e enteada, mas eu confesso, que passeando eu me ofereci aos perigos da Covid-19.
Estou em casa, combinei com minha esposa que ficaremos confinados por 14 dias, sair só para o mercado e nas farmácias se precisar.
E minha viagem, eu confesso, não vi ninguém infectado, pois o perigo é invisível e a gente não vê, e quando vê, já podemos ser nós mesmos mais um número nas estatísticas do coronavírus.
Em Canoas, já são 31 mortos pela Covid-19, não faz 15 dias eram nove as vítimas. O percentual ainda é pequeno para uma população de mais de 300 mil pessoas. Mas o crescimento dos números começa a assustar. A doença é tão traiçoeira que existe dinheiro, mas não existem remédios, respiradores e outros insumos no mercado. Quem é rico tem acesso a tudo isso, mas a população (a grande maioria) está à mercê de uma morte possível e sem ter o devido tratamento.
Claro, eu confesso, alguns vão dizer que se morre muito mais de outras causas, mas tudo é em decorrência da superlotação nos hospitais.
Porém, eu confesso, eu precisava desse desafio. Todos estão vivenciando um momento único, famílias estão fechadas em casa e é difícil. Aumentaram os desentendimentos familiares, crianças e pais no limite da paciência, saudades dos familiares. São tantas coisas, eu confesso, e não estava preparado para isso.
Eu confesso, essa pequena viagem deu-me um gás novo, eu precisava disso. Descobri que a morte pode estar bem a nossa frente, como nos casos que relatei acima, e pode ser por qualquer doença, ou sinistro, nossos heróis estão caindo e sucumbindo ao Covid-19. Agora estamos ficando sem profissionais de saúde, em Canoas, foram quatro unidades de saúde que constataram o vírus em seus agentes de saúde. Essa doença está ao nosso lado, hoje, eu confesso, o único lugar que não quero estar é dentro de um hospital.
Bom dia para todos, eu confesso, eu vou ficar em casa, pensar e refletir sobre minha saída, sobre minha saúde, dos perigos que expus. De momento foi meu ciático que atacou, talvez pela tensão na estrada.
Eu confesso, negligente que sou, vou ficar mais em casa e olhar para um futuro melhor, com uma vacina talvez, mas até nisso a ganância está presente, não pensem que a indústria farmacêutica está preocupada com vidas, está sim em encontrar o remédio e faturar muito com isso.

Bom, agora vou ali colocar um emplastro Sábia e já volto.

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