Em 1978, quando entrei para trabalhar no jornal O Timoneiro como entregador de jornal e outros afazeres, decidi que um dia iria escrever para o devido jornal.
Naquela época existiam dois cafés ou lancherias, o Café Imperial (ou do Amadeo) e a Lancheria do Seu Baldo. Uma ficava no Calçadão e a outra na Cândido Machado (aliás continuam por ali com outros nomes).
Locais de tradicional encontro de políticos e autoridades, na sexta-feira a pessoa mais aguardada era eu um garoto de 13 anos e que chegava com seu “bornal” cheio de exemplares com notícias quentinhas da semana, ou do final dela.
Com 13 anos já era amigo de políticos importantes e que hoje dão nome de ruas, parques e praças da cidade. Talvez por isso não me sinta diferente ou inferior a eles. Mas no passado era diferente, um professor, um juiz, um delegado, um brigadiano, um vereador e um prefeito eram realmente respeitados. Todos tinham certo respeito por eles.
Fui crescendo e realizei meu sonho de escrever para o jornal O Timoneiro e para vários outros jornais da cidade e de fora dela, hoje até para revistas paulistas mando meus artigos.
E diferente do passado, os políticos de hoje cresceram comigo, alguns são meus amigos desde guri, cito: o Quinho e o Betinho do Cartório como exemplos. Prefeitos, com Seu Lagranha, Seu Dick, Jairo Jorge e o Busato se não foram meus amigos pelo menos são conhecidos e me cumprimentam com respeito e eu também procuro agir assim com eles.
Tenho vários amigos na Câmara de vereadores e na prefeitura de Canoas, cito alguns: Quinho, Betinho, Bamberg e seu irmão Guido, Ivo Fiorotti, Emílio Netto, Mossini e DJ Cabeção (que trabalhei junto e fiquei amigo mesmo depois disso).
Com o Notícias da Aldeia e pelas minhas opiniões já fui taxado de diversas coisas, de ser oposição ao governo porque fui pedir emprego e não fui atendido, que tenho parentes como CCs na PMC. Pela oposição cada vez que coloco a fala ou opino a favor de algo bom do executivo, dizem que opinei assim porque ganhei algo do governo. Pois então, não é fácil ser “isentão” e tratar todos com o devido respeito que se tinha no passado, onde os políticos respeitavam e tratavam bem um simples entregador de jornais.

Personagens
Tem o capítulo dos personagens de Gotham, alguns políticos se enxergam em meus personagens, um se divertem e outros se irritam.
Mas Gotham é ficção e ficção não é jornalismo, disse um político que se revoltou. A todos os políticos, os do passado e os de hoje, fica o meu respeito e minha crítica, o espaço é seu também e você pode dar voz a esse ENTREGADOR DE JORNAL.
(não revisei o texto, ele foi escrito por um entregador de jornais)

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