Cerca de dois anos atrás fiquei desempregado, logo pensei que com meu currículo seria fácil continuar minha trajetória de sucesso profissional. Fiz alguns contatos e nada apareceu, aliás, apareceu alguma coisa. Mas o mercado é implacável com salário de um jornalista e a oferta foi muito abaixo do que eu acho que mereço.
Pensei, este salário eu ganho em casa sentado?
E fui à luta fazendo alguns “frelas” e outros trabalhos gráficos, tenho me virado de um lado para o outro e vou indo aos trancos e barrancos.
Em junho fiz 56 anos e não achei que chegaria nesta idade passando por esta situação. Os “amigos” desapareceram e os poucos que ficaram são fiéis e verdadeiros, a eles eu agradeço e tenho uma imensa gratidão.
Porém, o “tiro” ou as criticas vem de onde menos se espera, a vida é uma guerra de “vigilantes” e “secadores”. Fico impressionado como tem gente que torce contra o ser humano.
A vida é feita de “cifras” que o sujeito possui. Mas esta fase é legal, pois é na crise que selecionamos os amigos verdadeiros.
Não estou me queixando, de maneira alguma, é só uma constatação. Jamais bati na casa de alguém para pedir dinheiro ou favores.
Tenho conseguido viver com o pouco que ganho, afinal eu não preciso de muito para viver. Estou em busca de uma saída para a “crise” e grato a Deus por selecionar somente os melhores ao meu lado.

Como diria o Chorão: “humilha não mano…
…você não sabe o dia de amanhã”.

Texto feito em 2018, desde de lá muita coisa se passou, já estou com 58 anos e consegui estruturar uma pequena empresa, estou muito bem e grato aos que confiaram em meu trabalho. Hoje é dia de gratidão a todos que acreditaram em nosso projeto e também aos que não acreditaram, pois o descrédito foi o combustível para vencer os desafios.

Muito obrigado a todos, sem distinção