*Atualizado 10/12 12:58

Por Rodrigo Schmitt

Descortinou – se hoje o nome da autora da ação que visa impugnar a candidatura do Vereador eleito Jonas, do Partido Novo.
A Advogada Marisa Vaz ingressou com a ação porque o “papel semente” utilizado nos santinhos, pode ser considerado um brinde, o que é vedado no ordenamento eleitoral, segundo decisões de alguns juízes, especialmente considerando a utilização em determinadas regiões agrícolas.
A advogada em questão aparece na internet como advogada do Vereador Juarez Hoy e atuando em alguns processos com o Dr. Valdir Jung, que é advogado do Prefeito eleito Jairo Jorge.
Muito se especulou nas redes sociais ao longo do dia de ontem sobre o que teria por trás da ação judicial, qual seria sua real finalidade.
O Dr. Valdir Jung emitiu uma nota com o seguinte teor:
“Tomei conhecimento da existência de processo contra o vereador eleito do Novo pelas redes sociais. Da mesma forma, fiquei sabendo que a advogada que havia ingressado com a representação é a Dra. Marisa, profissional liberal com quem possuo parceria em algumas ações. Esclareço que a representação eleitoral em questão nada tem a ver com o meu escritório.”
A Dra. Marisa também emitiu nota com o seguinte teor:
“Meu nome é Marisa Vaz, sou advogada e eleitora Canoense. Sou a autora da ação contra Jonas Dalagna, Vereador eleito de Canoas. A proposta da referida ação é discutir se o material utilizado na campanha pode ser considerado brinde, por conter sementes, nos “santinhos” distribuídos pelo candidato, sabendo que a distribuição de brindes é vedada pela legislação eleitoral.
Quanto ao mérito da ação, deixo a cargo da Justiça apreciar. Na minha opinião entendo ser brinde e essa foi minha motivação, sem discutir aqui a “intenção” do candidato.
Deixo bem claro que a ação é de minha autoria sem influência de qualquer pessoa, já que muitos queriam saber quem entrou com ação.
Sobre alguns comentários nos grupos, houve ainda “burburinhos” que a ação partiu do escritório do Advogado Valdir Jung, deixo claro que não, pois ele sequer sabia da existência da ação, visto que eu não trabalho para ele, temos apenas uma parceria em algumas ações, assim como eu tenho com outros advogados, pois sou profissional liberal.
Esclareço ainda que minhas convicções políticas e partidárias, fazem parte da minha vida pessoal não se misturando com a profissional. Portanto, espero ter esclarecido a autoria e a motivação da ação.”

OPINIÃO DO ARTICULISTA

Com esta explanação, a Dra. Marisa manifesta que tomou a decisão de processar como cidadã e não como advogada contratada de ninguém.
Em que pese ela seja advogada do Vereador Juarez Hoy, não teria sido por contratação do mesmo pelo que se depreende.
Foi enviado um áudio para a advogada pedindo para que ela deixasse clara a razão de sua ação judicial, pois existe a especulação de que seria mais interessante para o Vereador Hoy, que se apresenta como opositor sistemático ao futuro governo, ter um Vereador do PSDB ao seu lado na Câmara (especialmente depois que Martini desistiu de concorrer para apoiar Jairo), do que o Vereador Jonas, que deverá votar de acordo com o acerto ou não de cada projeto.
Vale lembrar que se o Novo perder a cadeira, quem assume é Zanatta, do PSDB.
A manifestação da advogada, em que pese não se manifeste expressamente sobre essa especulação, vai em sentido contrário ao que se imaginou inicialmente nas redes.
O questionamento é pertinente, pois é difícil conceber que algum eleitor tenha se incomodado com uma nada imaginável “compra de votos” por distribuição de “brindes” através de papéis usados em santinhos que não agridem a natureza, mas que podem ser usados como sementes.
É no mínimo estranho que uma eleitora se incomode com um ato que merece elogio pela consciência ambiental.
Imagino pela repercussão nas redes na primeira matéria escrita sobre a ação judicial que a maioria dos leitores desconfiam que a ação proposta tenha sim um interesse político partidário por trás, mas a versão da advogada está posta em sentido contrário.
Fica aberto o espaço ao Vereador Juarez Hoy caso queira acrescentar algo a manifestação de sua advogada.
Aguardamos a manifestação também do suplente Zanatta e do Vereador eleito Jonas, para se posicionar novamente agora que sabe quem é a autora da ação e que está tomando ciência da real existência da mesma.

ÚLTIMA HORA:

O que diz o vereador Jonas
“A minha defesa sobre a ação será feita no foro adequado, que é a Justiça Eleitoral. Enquanto isso, sigo focado na preparação para o mandato, e no processo seletivo para a equipe que estará comigo neste grande desafio de construir o primeiro mandato do Partido NOVO na Câmara de Canoas”.

ÚLTIMA HORA 2:

O que diz o vereador Juares Hoy
“Gostaria de esclarecer que a Dra Marisa Vaz não é minha advogada, já atuamos em processo por conjunto, mas ela não advoga em nenhum processo em que tenha o vereador Juares Hoy como autor, ou até mesmo processos particulares”.

ÚLTIMA HORA 3:

O que diz a advogada Mariza Vaz
Sou a Advogada Marisa que entrou com a ação das sementes. Gostaria de deixar bem claro, que nem de longe a ação eleitoral passou pelo conhecimento do Dr Valdir Jung. Ele sequer tomou conhecimento dessa ação , tenho algumas parceiras com ele e somente isso, e também que não sou Advogada do vereador Juares Hoy, nem particular dele, já fiz algumas ações pra ele, mas ele também não tinha conhecimento dessa ação e também não é mentor da ação !