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CANOAS | É hora de decidir, viver ou morrer

Por | Marco Leite

Vim no médico, fui ao centro de Canoas a pé, moro no Marechal Rondon e é só atravessar a “passarela da cabeça” e estou praticamente no coração de nosso município. Fiquei observando o comportamento das pessoas, posso dizer que vi a população assustada. O assunto em voga é a pandemia do Covid-19, parei, ouvi empresários a respeito do fecha tudo, falei com funcionários de estabelecimentos comerciais. Atento a tudo e a todos vi que tanto empresários, como funcionários entendem que devem permanecer atendendo a população e até acham que estão mais seguros trabalhando.

Vim refletindo sobre o assunto e chegando em casa me deparo com uma matéria do blog Seguinte, como sempre muito bem escrito pelo meu colega Rodrigo Becker, onde traz um relatório do Conselho de Especialistas de apoio ao Governo do Estado para enfrentamento da Pandemia e ele traz relatos que não deixam dúvidas sobre a curva acentuada de contágio que o Rio Grande do Sul vive. E dá um número assustador, segundo os técnicos do Estado, a expectativa é de que uma a cada três pacientes hoje internados em UTI perca a luta a contra a Covid com a saturação do sistema hospitalar nas próximas duas ou três semanas, inclusive a foto do texto é da UPA da Boqueirão lotada hoje à tarde. 

Aí Rodrigo faz uma analogia assustadora, vejam o que ele escreveu:

Um em cada três por dia! Trocando em miúdos, podemos ter dias com 30 mortes diárias em Canoas – quase mil em um mês, praticamente duas vezes mais do que vimos até aqui em quase um ano de pandemia.

Hoje, quinta-feira, 25, 27 pacientes aguardam por uma UTI fora, inclusive, de leitos de enfermaria. O governo anunciou no final da manhã que está abrindo 20 leitos clínicos no Hospital Universitário, chegando a 119 dedicados à pacientes com a Covid-19. Os 45 prometidos para o Nossa Senhora das Graças devem abrir no início da semana que vem – aí serão 164. Em termos de UTI, ainda há um lastro de 15 novos leitos, totalizando 109 até o início da semana que vem – mas chegamos ao limite. “Esse é o último movimento possível”, confirmou ontem o secretário de Saúde de Canoas, Maicon Lemos, em entrevista ao blog. Nossa capacidade de criação de leitos esbarra na falta de profissionais de saúde para trabalhar – e todos que trabalham já estão esgotados, sabemos.

A conversa com o governador e os prefeitos, que acontece agora à tarde, é uma tentativa política de encontrar um caminho unificado para a enfrentar o colapso hospitalar. Prefeitos querem manter a flexibilização possível mas concordam no óbvio: não há mais muita margem para manobras individuais. Sem uma ação regional, passaremos as próximas semanas chorando e empilhando corpos, nos hospitais e fora deles. Em Canoas, Jairo Jorge (PSD), que participou da reunião da Granpal pela manhã discutindo o tema e volta a reunir-se com os prefeitos no final da tarde, sugeriu um ‘lockdown intermediário’, das 18h às 6h do dia seguinte, em toda a região. Nos demais horários, protocolos rígidos de bandeira vermelha e preta. A ideia, no entanto, só vinga se for consensual: de nada adianta uma cidade fechar e a outra manter-se aberta. Com a conformação urbana que temos, as pessoas continuariam circulando, gerando aglomeração e abastecendo o caos hospitalar.

Eduardo Leite, que corretamente mantém a posição de não tomar medidas de forma isolada, tem em mãos um plano que sugere um lockdown em todo o Estado durante o final de semana. É uma das alternativas que deve por sobre a mesa dos prefeitos hoje caso as negociações para suspensão da cogestão naufraguem. O alívio, no entanto, é paliativo e provisório – só daria algum arrefecimento à crise em uma ou duas semanas.

De qualquer forma, só a queda do contágio pode mudar o quadro em que estamos. E isso, honestamente, não depende do Eduardo Leite nem do Jairo Jorge – nem da ideologia que o caro leitor comunga. Todos podemos fazer algo a mais e a hora é essa: máscara, higiene e longe de qualquer aglomeração.

Um lockdown voltuntário não teria melhor oportunidade”, concluiu o jornalista.

Tirem suas conclusões deste excelente texto de Rodrigo Becker, e fica a pergunta, VOCÊ ESTÁ FAZENDO A SUA PARTE?

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