LOCKDOWN URGENTE É NECESSÁRIO
Nelsinho Metalúrgico
Acompanho com muita aflição, preocupação e dor a disseminação acelerada do COVID-19 e seu alto grau de letalidade aqui na nossa cidade. A pandemia demostra estar fora de controle.
No Brasil já são mais de 11 milhões de pessoas infectadas e nos aproximamos rapidamente de 300 mil mortos por conta do vírus. E o governo federal, seja através do Bolsonaro, seja através do general de exército que ocupa o cargo de ministro da saúde dão mostras diárias de descaso, incompetência e inapetência para liderarem o país nessa guerra contra o novo coronavírus.
E no Rio Grande do Sul o quadro não é diferente. Já são mais de 650 mil pessoas infectadas e já passamos dos 13 mil óbitos. Vivemos a maior escalada de contaminação desde o início da pandemia, chegando ao esgotamento dos sistemas de vagas nas UTIs em todas as cidades do estado. O governo Leite titubeia ao permitir flexibilizações das regras determinadas pelas bandeiras, não fiscaliza e facilita a quebra do isolamento e o aumento do contágio.
Em Canoas o numero de mortos pelo COVID-19 já se aproxima da triste marca de 700 óbitos. As UTIs e enfermarias dos hospitais Nossa Senhora das Graças, do Hospital Universitário e Hospital de Pronto Socorro estão superlotadas. O mesmo ocorre nas UPAs e UBSs. Para a surpresa de poucos e tristeza de muitos há uma priorização exaltada da economia enquanto ocorre um abrandamento na aplicação das regras da bandeira preta em Canoas. Basta ver os ônibus lotados nos horários de pico. Os anúncios das ações do prefeito são sempre acompanhadas de peças de marcketing. Mas para cada anuncio de um novo leito de UTI vem a noticia de que aumenta a fila de pessoas aguardando transferência. São dezenas de canoenses nessa triste situação. O quadro é tão grave que até o boletim diário em que a prefeitura divulgava os dados deixou de ser atualizado.
A vacinação que é urgente e necessária vem a conta gotas e as promessas de compra de 400 mil doses anunciadas é nesse momento apenas uma miragem.
Por conta disso, ao meu ver, torna-se inadiável a aplicação radical do único remédio que está ao alcance e que pode interromper essa escalada crescente de contágios e de mortes: a PARALIZAÇÃO DE TODAS AS ATIVIDADES NÃO ESSENCIAIS por um período de 7 a 10 dias, o que aumentará de maneira drástica o isolamento social. Isso se chama LOCKDOWN.
É preciso decretar LOCKDOWN urgente em nossa cidade, acompanhando o que faz nesse momento o prefeito Ari Vanazzi, no vizinho município de São Leopoldo. Além disso deve ser implementada urgentemente a renda básica de 600 reias para toda a nossa população pobre, e que se dê garantias de crédito aos pequenos e médios empreendimentos. Mas é preciso pressionar o governo federal para que agilize a compra e distribuição das vacinas.
O momento exige coragem e ação em defesa da vida dos nossos irmãos e irmãs canoenses.
Metalúrgico e Economista