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Por “um caixão” e a esperança perdida

Por | Marco Leite

Hoje pela manhã, 7h15min, os motoristas e transeuntes foram surpreendidos com um caixão funerário em meio a Avenida Santos Ferreira, em frente ao hospital Nossa Senhora das Graças e da Farmácia São João. Claro que isso foi uma fatalidade, o motorista não deve ter visto que o caixão caiu e seguiu em frente, mas o corpo ficou ali esperando outro translado. A cena seria cômica, se não fosse trágica. Existem relatos de ser o corpo de uma vítima da Covid-19.

Alguns quilômetros dali estava ocorrendo a inauguração de mais uma, das tantas, Farmácias São João. O lugar na terra do #aglomeranão, super lotado de gente, inclusive autoridades como o Alcaide do Município.

Eu tenho opinião que a farmácia deveria abrir suas portas ao público sem alardes, sim, até rádio tinha para entrevistas. É lisonjeiro que se abram farmácias, hospitais, clínicas e outros locais que ajudem em tempos de pandemia.

Mas precisa o show?

Até que ponto isso é válido politicamente, a não ser o fato de aparecer. O trabalho deve ser valorizado pelos seus resultados, não pelo seu exibicionismo.

Os avisos são dados por Deus, e a inauguração do dia da aglomeração foi ofuscada por um caixão e mais uma vida humana perdida pela pandemia.

É triste ver o quanto vale uma vida, quase nada, e ninguém vê, ou se vê faz que não vê. Pois sempre terá uma inauguração, uma rádio, um fotógrafo para registrar o momento. Já o caixão não, só virou assunto por causa do inusitado, afinal ninguém quer perder um caixão né?

Que fique a lição, devemos perder mais inaugurações e evitar a perdas de nossos entes queridos lomba acima da Santos Ferreira.

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