Eu venci a Covid, uma guerra difícil de vencer
Por | Marco Leite
O cidadão canoense, Romualdo Luiz Britto do Rêgo, 60 anos, foi mais um dos tantos a ser infectado pelo vírus do Covid-19. Da constatação da doença até a recuperação foram longos 45 dias, onde “Roma” como é carinhosamente chamado por amigos e pela “turma da lomba”, lutou bravamente contra o vírus avassalador que quase tirou sua vida.
A mobilização de amigos, orações e fé formaram a “corrente do bem” em prol da recuperação, os médicos, enfermeiros e outros profissionais, os nossos heróis anônimos, hoje são os salvadores da vida de Roma.
Nosso canal de notícias tem dado matérias, quase todos os dias, sobre perdas. Mas hoje queremos falar de vida e, do milagre da salvação, a luta foi de Roma, mas nós todos ganhamos com ele, pois essa luta nos mostra que é possível vencer o vírus. Roma e sua luta nos trazem a ESPERANÇA, de que venceremos essa pandemia. Dela levaremos a aprendizado e, talvez, a provação nos torne seres humanos melhores e mais espirituais. Mas a história não é nossa, ela é do Roma, então vamos deixar ele contar.
Roma nos conte como você pegou o vírus e os primeiros passos após a infecção,
Provavelmente devo ter sido infectado no trabalho (Roma é funcionário da Trensurb), porém não lembro e pode ter sido em qualquer lugar. A gente não tem como saber. Fui infectado dia 27 de fevereiro. Comecei a sentir dor de cabeça, febre e muito cansaço. Comecei a piorar rapidamente, procurei a Unimed, fui medicado com os remédios indicados para o tratamento precoce. Mas no dia 09 de março tive que ser internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, com 70% dos pulmões comprometidos e 70% de saturação, só sei dizer que estava muito mal, quando meu amigo Cláudio Flores me deixou na casa de Saúde.
Como foi a sua luta após o vírus apresentar os sintomas mais fortes e recorrer ao hospital?
Foi muito difícil, fui internado, como já relatei no dia 09 de março. Dia 14 de março precisei ser entubado, dia 22 fiz uma traqueostomia. Foi uma luta muito árdua e de muito sofrimento. Naquele momento só pensava em minha família, queria estar em casa. Minha glicose foi a 500 e a pressão 24X12, tive embolia pulmonar. Mas surpreendentemente do dia 1º de abril fui para o quarto e começou a minha recuperação.
O que você presenciou durante sua recuperação?
O que mais me chamou a atenção foi o espanto das pessoas que me viram no CTI, eles entravam em meu quarto e não acreditavam que eu já estava em recuperação. Mas isso se deu por minha fé e força de vontade que eu ia voltar e sair dessa. E graças a Deus foi o que aconteceu.
Como é voltar para casa?
Ahaaaa! É muito bom, estar perto da família, dos amigos, de minha esposa e do meu cachorrinho não tem preço. É tudo muito bom.
E agora Roma, quais são seu planos?
Primeiro é cuidar de minha recuperação física, já comecei a fisioterapia com o terapeuta Marcelo Santos. Recuperar bem meus pulmões e seguir a risca as recomendações médicas e tomar corretamente as medicações. Já estou caminhando melhor e, assim vou seguir em frente e continuar lutando, uma batalha que começou no dia 27 de fevereiro, até minha alta hospitalar em 12 de abril.
Deixe uma mensagem de esperança, para seus amigos e para as pessoas que lutam contra essa doença invisível
“Nunca devemos perder a fé!”
Devemos estar atentos a todos os protocolos de prevenção, evitar aglomerações. Orar muito, o vírus é uma moléstia que vai te destruindo, primeiro os pulmões e após a musculatura. Então, não podemos deixar de nos cuidar e nos fortalecer. O vírus além de fatal age muito rápido, como você puderam constatar em minha história.
VEJAM OS VÍDEOS DA CAMINHADA DE ROMA