O fim de um monopólio
Por | Marco Leite
Parece que está chegando ao fim um monopólio, as empresas Sogal e Vicasa já não conseguem mais arcar com seus compromissos, tanto com os fornecedores, impostos, seus prestadores de serviço e com os ex-funcionários que fizeram acordo para se demitirem.
A empresa, só consegue alguma respiração quando o poder público “alcança” um ajutório e prolonga a agonia da massa falida que são as duas empresas de ônibus da cidade.
O último investimento em veículos foram feitos ainda na gestão anterior, os famosos “seminovos” novos. Mas pelo menos eram carros de qualidade e que em algum momento melhoraram o serviço do nosso transporte.
No ano de 2021, a empresa tem “rodado” aos trancos e barrancos, existe uma bola de neve, onde o poder público “investe” na empresa com compras de passagens para distribuir como auxílio emergencial e evitar novas greves. Nada se resolve, só se empurra com a barriga, uma crise interminável e que parece que só vai acabar com a falta de combustível, ou com os funcionários trancando os portões da empresa.
Desde ontem as reclamações, tanto da Sogal como da Vicasa estão grandes. Os canoenses que trabalham em Porto Alegre ficaram ilhados no terminal da Vicasa e ao longo da Avenida Farrapos, os poucos carros que saíram vieram lotados e com muita confusão. Está difícil a vida do trabalhador, que além de ficar empenhado, ainda corre o risco de infecção de Covid-19, visto que só podem 10 passageiros em pé e não é isso que está acontecendo.
Em relação à Sogal, os trabalhadores estão reclamando a demora nas paradas pela manhã, tem ônibus passando com mais de 2 horas de atraso, isso é claro gera atraso ao chegar ao serviço, com lotações nos ônibus, motivos que têm revoltado os usuários da empresa.
SOLUÇÃO
E a solução como fica? O certo é que do jeito que está não pode ficar, romper a concessão seria uma saída bem viável.
Mas teria o Governo essa coragem? Visto que esse joguinho já vem de vários mandatos, inclusive do atual Prefeito que já esteve oito anos anteriormente na Prefeitura de Canoas.
Doar dinheiro para socorrer as empresas? Parece que não tem funcionado, a Prefeitura tem instalado dentro da empresa um “escritório”, mas que de concreto nada foi feito. Apenas os “investimentos” aprovados pelos nossos vereadores é que tem aparecido como uma solução que não soluciona.
Seria uma solução desprivatizar? Municipalizar a empresa poderia ser uma ideia, como privada a empresa está falida, não seria o momento do executivo assumir o passivo e intervir na empresa? Afinal o governo já tem sustentado a massa falida por anos a fio.
São tantas ideias e pouquíssimas soluções, está na hora de nossos vereadores, a população e o executivo falarem a mesma linguagem, quem sabe um “opiniômetro” para resolver esse assunto também.
Afinal está na moda passar para a população resolver os problemas, que deveriam ser resolvidos pelo governo. Uma coisa é certa, nesse paredão da Sogal, ela sairia com recorde no “opiniômetro”.
Coragem Alcaide, mostre a que veio, e apresente uma solução para o caótico transporte público de Canoas, mas que seja melhor que a fiscalização.