Fizemos um passeio por todos os quadrantes de Canoas e, infelizmente, encontramos muito lixo acumulado nas ruas. A ideia dessa reportagem é alertar para o perigo de um surto de dengue, zika e chikungunya, em nossa cidade.  

Por | Marco Leite

O mosquito da dengue anda por aí, está procurando um local com muito lixo para eclodir os ovos e espalhar suas larvas, então nada melhor que Canoas, um lixão a céu aberto.

E não venham dizer que é FAKE NEWS, as fotos foram batidas hoje pelo amigo Vitor Reck, ele é um canoense, bacharel em direito e pós-graduando e também foi agente de defesa e vigilância ambiental da dengue, que como todos nós está preocupado com nossa cidade. Vitor falou com nossa coluna e alertou para outra pandemia que está a caminho, a do mosquito da Dengue, o famoso Aedes Aegyiti, ele está faceiro demais com a quantidade de lixo espalhada pela Aldeia, tanto que se deu ao trabalho de fotografar vários pontos e em todos os quadrantes da cidade.

A cidade do “homem elétrico” está um depósito de lixo por todos os lugares. Muito disso, aliás, a maior parte é culpa da população.

Mas onde anda a fiscalização?

Cadê o Alcaide presente, que não enxerga isso?

Será que só montam “barracas na rua” em lugares legais?

E essas barracas são caras para serem usadas todos os finais de semana, então é melhor deixar longe dos lixões a céu aberto, imaginem! Além do perigo de contágio da Covid-19, vir uma nuvem de mosquitos da Dengue e adoecer todos os “acumulados”, é um risco, né?

E já avisamos, o Aedes Aegyiti não respeita máscara e álcool gel, ele ataca mesmo.

Onde anda o tal “choque de limpeza” tão badalado?

Nós não estamos inventando o lixo é um berço esplêndido para a proliferação do mosquito, alguma coisa está errada. O município diz que limpa e, a cidade está suja novamente. Acho que vai ser preciso mais que “choques”, vamos ter que começar a multar e até prender quem deixa a cidade assim.

Do jeito que está teremos surtos de dengue, zika e chikungunya, em nossa cidade. O inverno está aí, doenças respiratórias, pandemia de Covid-19 e mais Dengue. Isso está apontando para mais um colapso em nossas casas de saúde.

É preciso fazer algo, a coisa está feia e com certeza tende a piorar. Vale lembrar, que o acúmulo de lixo ainda é um dos maiores fatores que contribuem para proliferação do mosquito transmissor da dengue.

O QUE A PREFEITURA ESTÁ FAZENDO

Na segunda-feira (17), equipes de Canoas começaram o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), com o objetivo de identificar focos de dengue na cidade. Agentes da Vigilância em Saúde visitarão, ao longo da semana, residências em todos os bairros da cidade. 

As equipes farão coletas de amostras de água para verificar a proliferação de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Depois da análise do material, está previsto o processo de fumacê em ruas e calçadas para eliminação dos focos. 

Devem ser realizadas também campanhas de prevenção voltadas às comunidades com maior nível de infestação pelo mosquito da dengue. Pelos dados atuais, os bairros Rio Branco e Igara apresentam maior incidência. A Secretaria Municipal da Saúde alerta sobre a importância de os moradores receberem as equipes, que estarão devidamente identificadas com crachá e uniforme da Vigilância em Saúde.

Município registra cinco casos positivos em 2021

Canoas totaliza 35 casos suspeitos de dengue desde janeiro. Do total, 21 foram descartados e dez seguem em investigação. Dos cinco casos positivos, três foram importados, de pessoas que estiveram no município de Santa Cruz do Sul, e dois autóctones, um contraído no bairro Igara e outro no Estância Velha. No mesmo período em 2020, foram 113 notificações de casos suspeitos.

A SMS alerta que a dengue pode ser prevenida com medidas simples. “É uma doença que pode ser evitada com prevenção”, enfatiza o secretário municipal da Saúde, Maicon Lemos. Ele reforça que o apoio da população é de extrema importância para evitar um surto de dengue na cidade. Entre as ações para evitar a proliferação do mosquito, estão a eliminação de recipientes com água parada; limpeza de quintais, caixas d’água, reservatórios, calhas, entre outros; evitar acúmulo de lixo; usar repelentes e instalar telas nas janelas.

Pessoas com sintomas compatíveis com a dengue, como febre, dor no corpo, dor de cabeça e náuseas, devem procurar atendimento médico na unidade básica de saúde de referência. É importante relatar se fez alguma viagem recentemente ou morador de bairro com registro de casos.

Colaborou Vitor Reck