Recebemos uma denúncia estarrecedora em nossa coluna O Delator, vamos manter a identidade de nossa fonte preservada e evitar represálias. Mas, além de uma alerta, a matéria é um pedido de socorro para o poder público agir e resolver o grave problema da prostituição infantil que assola o país e, por conseguinte, nossa Aldeia

Diante da Pandemia, nossa Aldeia se depara com mais um choque em nossos corações, estamos cada dia menos amparados, mais jogados a margem das desigualdades, e o que esta sendo desenvolvido não é o que sonhamos, imaginamos ou muito menos o que esperamos ou queríamos.

Estamos vivendo e vendo a nova rota da prostituição em Canoas que se desenvolve e ganha nossas crianças que, sem ter quem as defenda, quem as ensine, quem as oriente, as assista, que chame a atenção, que clamam e pedem socorro.

Longe dos holofotes de uma cidade que corre para inúmeras selfies e solicita o distanciamento encontramos crianças que adentram ao submundo do anonimato, da dor, do desrespeito e do esquecimento.

Perdemos a cada momento uma infância, uma criança perde a ingenuidade e se insere se deixa levar pela oportunidade, a procura de um prato de comida, de um sonho ou simplesmente é convidada e vai.

A Rua Dona Maria Isabel, hoje em Canoas e uma das rotas de acesso a 448, que durante o dia conta com a presença de pontos nas paradas e ao longo de toda via até o encontro da Avenida das Canoas.

Mas o que nos deixa tristes, espantados é a prostituição infantil que ali está instaurada e clamamos por ajuda.

E como podemos ler em qualquer lugar que a “Prostituição infantil, ocorre em locais com condições socioeconômicas desfavoráveis e quando uma criança ou adolescente aceita ter relação sexual em troca de algo”. É a confirmação do retrato e vivência real local.

Assim como podemos presenciar uma menina com não mais que 14 anos com todo aquele frio de domingo às 17 horas em Canoas, de chinelo de dedo descendo do carro de um senhor de cabelos brancos.

Lá estava ela, “Se virando” para trazer um trocadinho para casa.

E isto é, nada mais que Exploração Sexual, que podemos ver ser definido como: “Abuso sexual é a situação em que a criança e/ou adolescente é usado para o prazer sexual de uma pessoa mais velha. Ou seja, qualquer ação de interesse sexual, consumado ou não, seja pela força ou outra forma de coerção, ao envolver crianças/adolescentes em atividades sexuais impróprias à sua idade, ou ao seu desenvolvimento físico, psicológico e social”.

Nessa idade, eles não têm consciência para fazer uma escolha desse tipo. Cabe a nós, sociedade Canoense protegê-los, ampará-los e ajudá-los.

Sim, isto está acontecendo em nossa cidade, em nosso meio, nos nossos olhos, em nossas ruas, em nosso subúrbio, em nossa comunidade, e está mais presente do que nunca em nossa terra Canoense.

Prostituição infantil é crime.

Abuso Infantil é crime.

Pergunto-lhes, onde estão nossos governantes, nossos representantes, que deixam nossas crianças a mercê da vulnerabilidade, que a única saída é vender o próprio corpo para colocar algo à mesa; Onde estão as políticas públicas para evitar esse aliciamento? Quem responde por nossas crianças?

Quem defenderá nossas crianças?