Por | Nelsinho Metalúrgico

No Brasil da pandemia, estamos abandonados pelo governo de Bolsonaro. Estamos perdendo direitos e vagas de emprego. Aumentam as fileiras da miséria, da fome e das doenças. Precisamos nos unir, com urgência, e dizer um basta para esta situação.
Os bolsonaristas querem nos convencer de que os direitos mais básicos dos trabalhadores, são um peso para sociedade. Garantias mínimas como o 13º Salário FGTS e INSS são atacadas todo o tempo por políticos financiados e apoiados por empresários que tem o único objetivo de aumentar o patrimônio e o lucro de suas famílias. Depois da ruptura democrática de 2016, com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, os direitos dos trabalhadores são atacados pelas tais “reformas”, um eufemismo para a destruição do que existe de mais elementar para garantir a tranquilidade do povo brasileiro.
Em julho de 2017, os trabalhadores sofreram o primeiro grande golpe. A Reforma Trabalhista transformou a CLT em uma peça de brinquedo e deu poder quase total aos patrões para decidir quando e como iriam explorar os empregados, sem que lhes sejam garantidos o mínimo de direitos e dignidade. Depois, em novembro de 2019, o segundo ataque veio com a Reforma da Previdência, que hoje praticamente impede que o trabalhador se aposente. E em 2021, a Reforma Administrativa (PEC nº 32/2020) tem o objetivo de dizimar os servidores públicos, que garantem o mínimo de atendimento digno para a população. Esta já passou pela comissão de Constituição e justiça e agora segue para uma comissão especial e depois para votação em dois turnos, pelo plenário.
Vale lembrar que todas essas “reformas” não atingiram e não irão atingir aqueles que estão em posições de poder e servem para garantir os interesses dos ricos. Mas, apenas para atacar quem deveria estar sendo protegido neste momento tão cruel de nosso país, em que a dor, a morte e o sofrimento pairam na cabeça da sociedade, os trabalhadores, dos pobres, dos desvalidos.
Neste próximo sábado, dia 29 de maio, faremos um dia de protestos. Um chamado àqueles que ainda sonham com um Brasil mais justo. Só iremos alcançar nossos objetivos se retomarmos a união e solidariedade entre os trabalhadores. Apenas a nossa força enquanto coletividade poderá nos fazer resistir aos ataques cotidianos. Eu acredito na nossa força. O que seria do patrão sem o trabalhador? Quem põe a mão na massa para fazer este país crescer? Vamos fazer do dia 29 um marco na virada do povo brasileiro em busca do Brasil que queremos e merecemos ter!

*Ex-deputado estadual, metalúrgico e economista