Rachadinhas? Não, só recebo um “por fora”
Por | Qualquer Quente
Gotham City completou cinco meses sob nova direção, onde o que era para ser novo é velho. Pelo menos nas velhas práticas das “rachadinhas” o novo aprendeu rapidinho as artimanhas de “rachar” a nossa cara. Já tivemos um caso no Yellow City Hall, onde os gatunos Thundercats estavam metendo a mão nos proventos de seus assessores, como recompensa estão deixando a Gotham e indo viver em “Paradise Pink Beach”. Como vocês podem ver em Gotham City o crime compensa.
Agora uma segunda suspeita em “agitar” a Távola Redonda, onde novos Cavaleiros assumiram também no início do ano. Em um primeiro ato, quem se elegeu como oposicionista pulou de “La barca”, ligeirinho, em troca de cargos e vantagens. Ou seja, de novo muito pouco sobrou e a velha política está instalada, pela inércia de alguns, oportunismos de outros. Poucos sobraram para coibir os desmandos e fiscalizar realmente o executivo de Gotham. Uma política com a oposição sufocada, não é salutar para um bom governo, onde tudo passa e tudo passará, e nós os aldeões somos apenas passarinhos. Pobres e enganados passarinhos.
Mas o assunto é a “rachadinha” parte 2, ops…
…não é rachadinha. O assessor, que não é assessor, mas que recebe por fora e age como assessor deu uma entrevista para “broadcarter neighborhood White River” e infantilmente foi se auto dedurando. O astuto entrevistador foi logo perguntando das práticas de “rachadinhas”, como poderia alguém ser assessor e não ter o famoso “crachá” da Távola Redonda?
O assessor em um rompante de guerrilheiro disse estar preparado para as respostas, pois a “Política era uma bomba”, e que ele estava trabalhando para a comunidade e que mesmo sem condições tirariam “daqui e dali”, pois não poderiam parar de trabalhar. Foi logo revelando, não sou nomeado na Távola, “mas ganho algo por fora do Cavaleiro”.
O entrevistador perguntou:
– Tá rolando a “rachadinha” então?
O entrevistado respondeu:
– Não, não está rolando a “rachadinha”. O que rola, meu amigo, é uma ajuda de custo que ele me dá. “Rachadinha” é para sem-vergonha, isso não vai existir nunca no gabinete do Cavaleiro. Mas eu estou terminando meus estudos, agora em agosto, e logo estarei com meu nome dentro da Távola.
O entrevistador insiste:
– Mas como assim, recebendo por fora? Não estou entendendo, tu fala que é assessor.
O entrevistado responde novamente:
– Eu continuo sendo assessor e serei sempre assessor do Cavaleiro. Porque eu o ajudo, eu “assessorio” (palavras dele) ele aqui fora. Então, eu me considero um assessor, como muita gente que é assessor lá dentro e não faz o que eu faço.
O entrevistador reitera:
Ô meu, então, quando tu completar teus estudos e fizer teu “crachazinho” vais ser assessor? Pois nem crachá tu não tem, né?
A resposta do entrevistado:
Sim, vai ser isso aí mesmo! Vai ser com meu “crachazinho” completinho, vou esfregar na cara de muita gente que fala besteira e não fazem o trabalho que eu faço. Tem cargo grande e não chegam aos meus pés.
O QUE DIZ GOTHAM NEWS
A entrevista com certeza nos revela, no mínimo, uma “ajuda de custo” duvidosa e uma prática ilícita por parte do cavaleiro e do assessor. Um pacto ilegal nas leis de Gotham City. É sim, o novo sendo velho, todos sabem desse “pacto” quase macabro, digno de Drácula, onde ele suga o pouco dos que dele dependem. Mais uma vez, por ingenuidade, alguém nos mostra como funciona o esquema da velha política. Gotham votou em oito novos Cavaleiros para a Távola Redonda, não desmerecendo ninguém, mas nada de novo até agora nos foi apresentado. Foram trocados seis, por meia dúzia, tudo continua igual, ou talvez pior. Até para fazer “rachadinhas” tem que ter talento, e nem isso está acontecendo.
Uma triste realidade em Gotham, do samba no pé rachado.