A primeira cidade a fazer…
By | Marc Milk, the voice of equality
Este é um texto carregado de ironia ele fala de um sujeito chamado Omar Keting, o cara é bom, quer ser o primeiro em tudo. Sua cidade de fantasia começou no dia 01 de 2021, conforme promessas seria a primeira em tudo.
Começaria sendo a primeira cidade do País a sair da crise pandêmica de Covid-19, um milagreiro, que iria comprar 400 mil vacinas e imunizar toda sua população, talvez fosse aquela do consórcio que nunca aconteceu, muito pelo contrário, só gerou despesas para o município, com viagens e até assessoria de imprensa para Omar Keting.
As vacinas que chegaram, vieram pelos caminhos naturais, do Governo Federal para o Governo Estadual e com esse repassando para as cidades. Um caminho natural por todo o país, porque seria diferente aqui?
Após isso, seria a primeira cidade a vacinar todos os professores, e isso foi feito, mas foi preciso um opinômetro, uma estratégia política de Omar Keting. Era preciso mostrar na TV, nos jornais e na propaganda que foi a sua aldeia o primeiro município a voltar normalmente as aulas, depois de “vacinação em massa” e retorno “democrático”. Mas do jogo pra torcida, isso está se transformando em um confronto interminável com os professores, por pura falta de diálogo da Secretaria de Educação, com os profissionais.
Mas seremos a primeira cidade a abandonar o centro, nosso cartão de visita. Seremos a primeira cidade sustentável, teve até viagem de Omar Keting para esse fim. Mas uma cidade sustentável, não mata suas nascentes em prol do lucro, enquanto planta florzinha em lugar de obras necessárias.
Seremos a primeira cidade com um transporte modelo, onde se sustenta uma empresa falida, com a desculpa que não pode fazer a licitação. Mas que de três em três meses, quando os funcionários começam a passar fome, se repassa verbas milionárias para os patrões. Nisso somos campeões absolutos, enquanto isso o Senhor do Terno Surrado sorri, de canto de boca, de tanta felicidade contando dinheiro público. Eu falei que ia ser irônico!
Mas Omar Keting não para, tem ainda o Aviãoteka, que vem completamente de graça, não existe almoço grátis. A pista de pouso já está sendo preparada no parque, inclusive uns barracos velhos foram patrolados, com os pertences e tudo dentro.
Na cidade onde tudo é lindo, as coisas tendem a melhorar, os ônibus sucatas darão lugar a trens aéreos, que com um custo altíssimo irá percorrer alguns quarteirões, só para provar que Omar Keting estava certo. Vamos ser a primeira metrópole a ter problemas na futurista cidade de “Os Jetsons“.
E por aí vai, vamos sendo os primeiros em tudo, mas onde nada acontece, nem voar podemos. Pois o avião, nosso maior símbolo está aposentado ao lado do antigo INAMPS, e preso em concreto, prisioneiro de sonhos delirantes do homem voador.