Comércio estendido, uma chance para o Centro de Canoas
Por | Marco Leite
Estive no centro hoje pela manhã, existe uma passarela que costumo cruzar quando vou ao centro, é a renovada Passarela da Cabeça, nome dado em decorrência de um crime histórico na cidade. Veja a matéria abaixo.
Mas o assunto não é o caminho, e sim o lugar, nosso abandonado Centro da cidade. Com minha enteada voltando às aulas no La Salle, tenho ido mais ao centro da cidade, conversado com pessoas, empresários e comerciantes.
Um deles é meu amigo Robson Medeiros, proprietário das Óticas e Relojoarias Garimpos. O empresário em questão tem uma mania, talvez seja um dos únicos comércios que abra sua loja antes das 9 horas no Calçadão de Canoas. Estou falando isso em tempos normais, pois durante um ano e meio horários e abertura do comércio foram afetados pela pandemia e seus justos protocolos em prol da vida.
Mas Robson, se alguém passar pelo calçadão antes das 9 horas, vai encontrar uma de suas lojas abertas para atender seus clientes.
Curioso, chamei a atenção do fato para o empresário, e ele se disse defensor de um comércio 12 horas para o Calçadão da cidade. Em defesa de suas ideias, Robson mostrou as razões de pensar assim. Para ele o trabalhador que acorda cedo para ir trabalhar e tem que chegar ao serviço às 8h30min, caso o comércio abrisse as porta às 8 horas, ele teria meia hora para comprar algo que precisasse no caso citado, um óculos ou consertar um relógio.
Os horários sugeridos serviriam também para estender o comércio no final do dia até as 20 horas, aproveitando a volta do trabalhador para casa, onde ele poderia ter um tempo para suas compras.
É uma bela ideia para revitalizar o centro da cidade. Dias atrás foi inaugurado, ou reinaugurado, o Cosmopolita, um café bar que promete ficar aberto das 6 horas da manhã até as 22 horas, sendo alguns dias com música ao vivo e uma excelente gastronomia.
Está na hora de olhar para o centro novamente.
Uma boa sugestão seria um teste, agora para o período do Natal, onde o comércio a partir do dia 24 de novembro abriria mais cedo e fecharia mais tarde até o dia 24 de dezembro, fomentando assim as compras natalinas.
O centro é nosso, e não do abandono.
Em meu passeio matinal, resolvi ir ao Bourbon pela nova e linda passarela após o Conjunto Comercial. Fiz o caminho pela parte de cima da Muck, a rua está um abandono só, casas históricas abandonadas e com o mato crescendo ao redor, com certeza um refúgio para marginais e transeuntes noturnos.
Os passeios estão terríveis, ouvi falar que existe um projeto do Governo para recuperar o Centro, aliás, sempre tem, mas nunca sai do papel e das promessas vazias.
A questão é que o Centro agoniza, e como sempre falam que só lançamos críticas, porque não fazer o comércio funcionar até mais tarde e trazer a população novamente para o coração da cidade.
Teríamos a possibilidade de dar um passo à frente para o futuro, fazer realmente a cidade voar, como vivem prometendo. Com ideias simples e nada mirabolantes. Eu duvido que os comerciantes, comerciários e a população não vão apoiar essa ideia.
Comércio 12 horas já, por um centro futurista.
UM POUCO DA HISTÓRIA DA PASSARELA DA CABEÇA