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Um caixão de papelão

Por | Marco Leite

Como é costume em algumas nações, aqui no RS nem tanto, sempre alguém faz um texto de obituário para um ente querido que esteja partindo, então estou tomando para mim essa tarefa tão difícil e em um momento tão delicado.

O féretro ocorrerá na Capela B do São Miguel e Almas, logo ali perto do decadente Olímpico Monumental, vendido em troca de um aluguel no Bairro Humaitá, mais precisamente embaixo de um viaduto.

Não amigos, o “de cujo” ainda não foi enterrado, estamos na fase do inventário, faltam nove atos para a sofrível campanha no Brasileirão de 2021 e último será contra o líder e virtual campeão no dia 5 de dezembro, a agremiação nunca esteve fora da “zona”, a bola pune e está acontecendo, é a queda da arrogância, da falta de respeito com os adversários.

Pra vocês, que estão de “mimimi” por causa de “um caixão de papelão”, vamos lembrar, em meio à choradeira, do tal “minuto de silêncio para o Inter que morreu” cantado em prosa e verso.

Isso pode?

Um caixão de papelão não pode?

Agora em um último e agonizante suspiro o “de cujus” se sente ofendido e fala que não temos títulos, nosso título esse ano é da pá da cal, da trena, da marcenaria e da construção do féretro do coirmão. Ele está morrendo engasgado no orgulho, que não enxerga o trabalho mal feito da diretoria, passou por um treinador mais preocupado em nos zoar e com um grupo que não se renovou, pronto!  

Vai morrer por velhice e rumo ao INSS.

Ou já esqueceram que o grande e arrogante capitão de vocês pediu as trouxas e picou a mula em meio à competição.  Tem também o Geromel, o Kanemann, o Diego Souza, entre outros que deveriam estar em um SPA devido à lentidão e o despreparo físico. Mas vocês, orgulhosos que são, ainda esperam milagres do Diego Costa e ver finalmente explodir a joia da base, o grande enganador Jean Pierre.

É duro, mas alguém tinha que tirar as medidas do caixão, por isso o Patrick pegou o molde com a torcida e ia levar para a Funerária Tomara que Caia. O nosso atleta foi “Cortez” e solidário com os irmãozinhos, mas como sempre, foi mal interpretado, por um time que acha que tudo pode e não tem estrutura para encarar uma pequena gozação.

Como diria certo capitão:  “jogaram mais, tiveram mais posse de bola, mais chances de gol e perderam assim mesmo”. O que foi feito ontem no GreNal foi um ato de solidariedade com um enfermo agonizante, só começamos a desligar os aparelhos.

Realmente não entendo a imprensa dando ênfase ao ato solidário de nosso atleta, era só para tirar as medidas e providenciar um enterro digno de um campeão que vai cair pela terceira vez para segunda divisão.

Quanto a mim, ganhei meu título este ano, o troféu Pá de Cal!

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