Por | Marco Leite

Alguém ligado ao governo sugeriu-me um título de minha despedida das crônicas do Notícias da Aldeia. O seria sobre um processo que passa de 11 mil páginas do Ministério Público, que existem e cerca de 1.600 defensores, 600 compartilhamentos e 966 comentários em defesa do Alcaide de Gotham, isso em um universo de 400 mil habitantes. A grande maioria dos “comentaristas” ganham entre R$ 2.500,00 até R$ 15.000,00 por mês, e sem atraso. Portanto, tem mais é que ir comentar e apoiar mesmo, afinal não é honestidade que importa e, sim os salários.

Sabem quem paga?

Somos nós, assim como pagamos às custas de um governo paralelo em um certo “alvergue” de Gotham City. É deste lugar que burlam as ordens do Ministério Público, e de lá dão as ordens de como as coisas devem ser feitas. É Gotham, e sendo Gotham, tudo pode. Inclusive o Governo estar nas mãos do Menino Prodígio, o senhor “substitute representatives” está ali apenas para fotografias e na espera pelo “return of the mayor”. Este que foi afastado por suspeitas de corrupção e insiste em mandar em nossa realidade, mesmo estando no “Multiverso”. Quer ser agora o Doutor Estranho e dominar a totalidade do espaço, do tempo, da matéria e principalmente burlar as leis de nosso mundo real.

Eu vou parar de escrever, pelo menos por algum tempo, já estou até sendo citado nos alfarrábios do judiciário. Melhor me afastar um tempo, tenho que cuidar de minha saúde mental, física e principalmente estar atento a certas ameaças. No mundo real e na vida não vai açúcar, principalmente quando se aponta o dedo na ferida de poderosos senhores feudais.

GABRIELA SUBIU NO TELHADO

Nesse mundo paralelo, de Gotham City, tem coisas interessantes, tipo: como um guri de apartamento virou “Rei do Gado; aqui temos um portal da transferência; empresas terceirizadas (citadas em processos) que não cumprem com suas obrigações trabalhistas; pessoas esperando para exames e atendimentos durante horas; dias; meses e anos; temos abertura de edital de R$ 12 milhões para duas agências de publicidade; jornais com tiragem de 100 exemplares sendo vendidos pela empresa, que deveria distribuir, para Pets Shops da Capital.

Lembro de alguns anos atrás, quando falei de encontros duvidosos nos fétidos bueiros de Gotham, um futuro mandatário disse que eu não fazia jornalismo. E engraçado é que tudo que publicamos, mais cedo, ou mais tarde acaba se comprovando. Realmente não é jornalismo oficial, é a realidade dura e crua contra falcatruas governamentais.

Mas vou cuidar de minha saúde e dar um tempo, durante esse período vou comprar um pacote com a novela “Gabriela, Cravo e Canela”, um clássico, onde em uma cidade no seu apogeu, nos mostra o todo seu conservadorismo democrático. Tipo a Gotham de hoje, que fala em democracia, mas veladamente apresenta seus Coronéis, que cobram apoio nas redes sociais a ferro e fogo. Ou vai fazer comentários, ou corre o risco de estar fora do esquema.

Nesta cidade de “inocentes” a culpa toda recairá na Gabriela, por uma simples razão, ela ousou subir no telhado para pegar uma pipa.

Tomará que os ventos mudem e que a pipa não avoe mais, vai que a Gabriela caia do telhado, coitada!

Em tempo: Tem camarão que não dorme e a onda não leva

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