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O sumiço dos Tomógrafos na terra das contradições

Por | Marco Leite

Pois bem, sumiram ou simplesmente evaporaram dois tomógrafos do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). Mas os defensores da gestão estão preocupados de como os interventores só foram descobrir agora o problema. Deveriam estar preocupados que a casa de saúde tem enfrentado problemas com seu tomógrafo. O HPSC é a principal referência da região em atendimentos de traumas e urgências, lá são feitas em média 2 mil tomografias mensais.

 Interventores do hospital querem saber onde os tomógrafos foram parar, Suelen Arduin e Eleonora Walcher, encaminharam ofício ao executivo solicitando informações sobre uma possível compra de dois aparelhos. Em reunião, 4 de maio, com a Secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, os interventores relataram a necessidade de um novo equipamento para o HPSC.

No mesmo dia a então secretária adjunta da Saúde de Canoas, Ana Paula Macedo, relatou a posse dos equipamentos por parte do executivo municipal. Os dois aparelhos, somados, totalizam um custo de R$ 2,4 milhões.

Aí vieram as dúvidas, os aparelhos foram realmente adquiridos? Como a gestão municipal não falou mais sobre o assunto e nem enviou respostas, os interventores acharam por bem formalizar em documento a questão dos tomógrafos.

De acordo com os interventores, além das questões financeiras e de manutenção, um dos maiores problemas do HPSC está na falta de tecnologia que causa grandes transtornos e atrasos no trabalho do hospital. O atual tomógrafo têm dois canais, os modelos de hoje podem ter de 16 e chegar até 128 canais, isso faria uma grande diferença no atendimento da casa de saúde, caso os tomógrafos estivessem sendo usados. De acordo com Suelen, uma das interventoras, “o aparelho atual contempla a demanda necessária, porém o tempo gasto é consideravelmente maior”. Por exemplo: “em casos de politraumas, precisamos fazer uma tomografia de corpo inteiro e isso atualmente leva cerca de uma hora. Com o novo modelo, esse tempo seria reduzido para 5 a 10 minutos, um grande ganho de tempo”, conclui a interventora.

Infelizmente o ofício enviado não obteve respostas da prefeitura Municipal de Canoas. Os interventores seguem esperando uma posição do executivo, mas até o momento nada foi dito. A intervenção no HPSC, foi impetrada por decorrência da Operação Copa Livre que afastou o Prefeito Municipal e também tirou a ACENI da administração do HPSC por suspeitas de corrupção. A intervenção vai até o final deste mês, mas poderá ser prorrogada por mais 120 dias, caso a justiça determine.

O VELHO APARELHO AINDA RESISTE

Até quando um aparelho de 17 anos vai resistir?

O Tomógrafo é um aparelho que cria imagens detalhadas o corpo humano. Mas o do HPSC tem graves problemas no tubo de imagem, de tempos em tempos ele estraga e gera grandes prejuízos. Por exemplo, no final de maio foram gastos R$ 235 mil para arrumar uma peça, em um intervalo de oito meses já foram gastos R$ 470 mil em consertos do maquinário. E se existissem os outros dois tomógrafos sumidos, eles tranquilamente se pagariam em pouco tempo, visto o que se gasta só em manutenção do velho. Um aparelho novo custa em torno de 1,2 milhões e se pagaria facilmente em um ano de trabalho mais eficaz e ágil.

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