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Café com o Aldeia | Jonas Dalagna, o que há de novo no Novo?

Por | Marco Leite

Na eleição de 2020, os eleitores surpreenderam e elegeram um jovem do partido Novo para a Câmara de Vereadores, ninguém apostava nisso, afinal o partido tinha uma nominata com pouquíssimos nomes.

Pois bem, o nosso café de hoje é com Jonas Dalagna, além de vereador, ele é biólogo e pós-graduado em engenharia de controle da poluição, tem 34 anos, nasceu e cresceu em Canoas.

Atuou por mais de 10 anos no desenvolvimento de projetos nas áreas de meio ambiente, gestão de resíduos, licenciamentos ambientais e na gestão e controle da poluição industrial em diversas indústrias, petroquímicas e refinarias em diversos estados brasileiros.

Surpreendendo a todos, foi eleito vereador em 2020 em sua primeira participação em uma eleição.  Ao longo desses dois primeiros anos de mandato tem focado na fiscalização dos serviços públicos, orçamentos, contratos e processos licitatórios, dando ênfase nas áreas da educação, saúde e nas obras públicas.

Atualmente é Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, membro da Comissão de Finanças e Orçamentos e da Comissão de Saneamento Ambiental, Resíduos Sólidos, Obras, Serviços Públicos, Meio Ambiente e Habitação.

Mas o que queremos é respostas, e com certeza tem muitas para dar, vamos as perguntas:

O senhor já começou seu mandato com polêmica, explique um pouco sobre o Papel Semente e o pedido afastamento feito um edil? Dizem que o gasto em sua defesa foi de 20 mil reais e o partido ajudou, isso é verdade?

Em 2020 fiz minha primeira campanha política para concorrer a vereador no município de Canoas.  Decidi que iria me dedicar ao máximo para me destacar, mas sem quebrar os valores que trago comigo desde sempre.

Como muitos já sabem, sou biólogo, pós-graduado em engenharia de controle da poluição e, tendo trabalhado por anos na área, tenho total consciência dos efeitos devastadores da poluição ambiental.

Foi por isso que, durante minha campanha em 2020 decidi inovar e reduzir os impactos ambientais que uma campanha eleitoral pode causar ao meio ambiente. Decidi produzir panfletos em um papel reciclável, biodegradável e que pudesse ser plantado.

O papel seria facilmente decomposto, em caso de descarte incorreto e, caso fosse jogado na rua ou em alguma praça ou parque, brotaria um inofensivo pé de manjericão.

Ao invés de poluir com minha campanha, eu estaria, pelo menos em parte, contribuindo para o meio ambiente da nossa cidade.

Fui eleito nas eleições de 2020 e pude, ao longo de 2021 e 2022, começar a colocar em prática tudo o que estava escrito naquele “santinho” impresso em um papel ecológico.

Acontece que, durante meu primeiro ano de mandato (2021), recebi uma intimação judicial de um processo de uma agremiação partidária contra mim no qual eles alegavam que eu teria realizado compra de votos com o meu “santinho” ecológico por ele ser produzido em um papel semente!

Venci em 1ª instância e, no dia 28/09/2022, venci em 2ª instância, com a confirmação de que o papel semente não representava compra de votos!

E, como mencionou um dos desembargadores, que é uma preocupação com o meio ambiente e com o planeta!

Eu assumi todas às custas do processo, na ocasião tive um custo com honorários advocatícios que totalizou R$ 15.100,00, e foi tudo bancado com meus recursos, não tive nenhuma ajuda financeira ou assessoria jurídica do Partido Novo.

Como tem sido sua atuação, sua proposta era de um gabinete enxugado e com processo seletivo para os cargos, isso ainda é uma prática do seu gabinete?

Eu nunca tinha participado de um processo eleitoral ou político, toda minha experiência profissional vem da iniciativa privada. Quando eleito não se tinha ideia de como seria o início do mandato, desta forma para montar a equipe que iniciou junto comigo recebi na época o auxílio de um membro da bancada do NOVO na Assembleia Legislativa, e desta forma selecionamos os membros da equipe, que aconteceu através de uma seleção. Optei por ter uma equipe enxuta, pois essa já era uma prática dos mandatos do NOVO. Atualmente meu gabinete conta com 4 pessoas, que me auxiliam nas demandas do mandato. Nesses dois anos de mandato algumas alterações na equipe foram necessárias para adequar as expectativas que tenho para os próximos dois anos. A questão do processo seletivo não é uma obrigatoriedade, quando se fala em um mandato de vereador a equipe tem que estar comprometida com as demandas da cidade e da população, por exemplo meu antigo chefe de gabinete não morava em Canoas e não compreendia a dinâmica da cidade e dos munícipes, em alguns casos de visitas e fiscalizações ele não estava presente comigo pois reside em outro município o que era difícil para as atividades de vereador.

Durante grande parte de seu mandato, o senhor foi completamente independente, votando de acordo com o que achava correto, nota-se uma aproximação com o governo municipal, isso realmente está acontecendo?

Eu ainda voto de forma independente, seja nos projetos do executivo ou do legislativo. Posso dizer que ao longo do mandato votei favorável ao executivo em quase 100% das proposições e defendi muitas delas, entre elas, algumas bem polêmicas como a reforma da previdência e a mais recente reforma administrativa que extinguiu o CanoasTEC.   Nesses dois anos de mandato aprendi que política é uma construção e a existência do diálogo deve ser permanente, seja com o Poder Executivo ou com meus pares no Poder Legislativo. Também sou muito crítico em diversas situações e fiscalizações, mas recentemente o Poder Executivo tem me convidado junto com demais vereadores e vereadora para participar dos eventos e entregas de obras ou assinaturas de início de serviços públicos, sempre quando posso participo, pois isso além de aproximar da comunidade facilita também a fiscalização do que está acontecendo na cidade.

Seu partido o suspendeu por conduta inadequada com as regras da agremiação, insinuando a prática de rachadinhas, o que o vereador está fazendo sobre isso?

O Partido abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar uma denúncia contra mim, a qual também citava a pratica de “rachadinha”, junto com meu advogado apresentei todos documentos e os esclarecimentos que me foram questionados, e aguardo agora a conclusão, já em relação a minha filiação, a mesma segue ativa junto ao Partido e sigo pagando mensalmente a contribuição de filiado que é R$ 38,33 e debitada automaticamente de meu cartão de crédito. Mas sigo atuando como vereador e exercendo minhas atividades com a mesma dedicação que os canoenses conhecem e acompanham diariamente pelas redes sociais e nas ruas.

O senhor sofreu acusações de um deputado do Novo, onde ele o acusa das práticas citadas acima, quais a providências estão sendo tomadas em sua defesa?

Em relação às acusações de calúnia feita pelo ex-deputado, todo o processo encontra-se com meu advogado para apurar as medidas cabíveis.

O Novo, um partido cheio de princípios éticos, resolveu aderir ao fundo partidário, o que o vereador eleito pelo partido tem a dizer sobre isso?

O NOVO desde a sua fundação foi contra o uso de dinheiro público para manter a sua estrutura e também para financiar campanhas. Ao longo dos últimos dois anos veio perdendo muitos filiados que “financiavam” a estrutura do partido, a perda de apoio foi decorrente de diversos posicionamentos e estratégias de dirigentes. Nessa última eleição a população deu a resposta nas urnas, o que fez que o partido diminuísse consideravelmente. O partido tinha duas opções: ou aceitava as regras de mercado que sempre defendeu, que é de se auto-sustentar ou abraçava-se ao fundo partidário para não se extinguir. Acabou optando por usar o fundo partidário para “profissionalizar” sua gestão. Eu deixo uma pergunta, se mesmo sem usar dinheiro público o eleitor deu uma clara resposta ao Partido por não estar satisfeito com suas posições, imaginem agora usando dinheiro do fundo partidário para pagar salário de ex-mandatários?

Devidos aos acontecimentos, qual o caminho o vereador Jonas pretende tomar, sair do Novo é uma das hipóteses?

Eu fui eleito no NOVO, mas os últimos acontecimentos me causaram muitos desgastes com alguns membros da instituição, e isso preciso avaliar com muita calma. Preciso aguardar o resultado do Processo Administrativo Disciplinar que corre internamente no Partido, mas meu mandato termina em 31/12/2024, e até lá seguirei focado em trabalhar e prestar contas para os canoenses.

2024 é logo ali, estamos com menos de dois anos para um novo pleito, o senhor pretende concorrer à reeleição para vereança ou almeja voos maiores?

Concorrer à reeleição é um processo natural e automático para qualquer pessoa que exerça um mandato político e é uma opção que tenho para 2024. Sobre voos mais altos, tudo é uma construção de uma base de apoio e alianças políticas, nesses últimos dois anos de mandato aprendi muito e percebi que a boa política se faz em grupo, então tudo depende de diálogo e construção, e se for a vontade do canoense estarei disponível para representá-los novamente.

Fale uma pouco da vida partidária e de seu mandato nesses dois anos na Câmara, deixe uma mensagem para seus eleitores.

Nesses últimos dois anos venho focado na fiscalização dos serviços públicos, obras, licitações, contratos e orçamento, consegui muitas vitórias para os canoenses através da fiscalização e cobrança, evitando gastos milionários, mas também aprendi muito sobre como é um mandato de vereador. Eu me considero um político tranquilo que busca sempre ser resolutivo e não um político apenas de discurso, já a população canoense pode ter certeza que sigo focado e com os mesmos princípios e valores que me elegeram e que estou sempre à disposição dos munícipes.

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