“Ovelha não é pra mato”, até um criador deveria saber disso
Por | Marco Leite
O homem do campo, aquele da lida mesmo, tem um ditado que diz “ovelha não é pra mato”, esse dito popular do Rio Grande Sul significa que se a ovelha for colocada no mato e não no campo, onde tem espaço pleno para pastar, ela não saberá sobreviver e bem provavelmente irá morrer de fome. Uma ovelha no mato estará completamente fora de seu habitat natural e não saberá o que fazer por lá, pelo simples fato que seu lugar não é ali.
Diferente do boi Marruá, que não é o nome de uma raça, é apenas um adjetivo para descrever a natureza selvagem e um temperamento forte, até mesmo indócil às vezes, é gado de difícil manejo e sabe se virar bem no mato. Mesmo preferindo o campo, o Marruá faz do mato seu habitat de proteção e lá sabe se defender e sobreviver.
Em Canoas, que tem Canoa no nome, mas não é um pantanal, está sendo travada uma batalha e o discurso de uma das partes, copiado de nossos artigos, é de que ovelha não é pra mato, alusivo à pouca condição de sobrevivência de um certo político assim que sai do campo e vai para floresta da batalha política que estamos vivendo na Aldeia.
O que voltou se define como um bom mateiro, mas é seguido por Marruás de apartamento e bonequinhos de repetição, na realidade o que se vê é uma política bem fraca, talvez por isso Canoas não tenha criado novos nomes e fica à mercê de velhos coronéis no campo da política.
Mas é sempre bom lembrar que existem aliados inesperados, alguns mais antigos e que sabem cozinhar os galos, vocês conhecem os Auroques? Esse era o rei do Pantanal, um verdadeiro bicho feito pra mato, é um touro erado e apropriado para reprodução. Esse viveria facilmente e se adaptaria facilmente a complicada vida política da cidade das Canoas. O Auroque não se curva a ninguém, pode até fazer alianças, mas aí os galos já estão bem cozidos né?
Mas vamos voltar para a coitada da ovelha, a coitadinha está apavorada entre o Marruá e o Auroque, como não está acostumada com mato está sofrendo de fome ou de “ingestão”, não errei não, é “ingestão” mesmo. Uma ovelha no mato não sabe gerir, exercer gerência, administrar ou dirigir, no primeiro matinho sucumbiu e a Canoa da Aldeia ficou à deriva.
Agora o Marruá voltou, sabe de mato, mas esteve muito tempo confinado, voltou com sangue nos olhos, mas não tem o tamanho do Auroque, então, melhor pedir ajuda para um bicho grande com quase três metros de comprimento e dos metros de altura, uma diferença muito grande dos nossos bovinos.
Como Canoas está um mato que só, a ovelha está perdida, parece até que agora é ela que está em confinamento, o Marruá saiu pro campo e pro mato, foi criado no interior das vilas, se diz original das Canoas, é o primeiro e único nascido aqui, mas agora quer contar com a ajuda do Auroque para prosseguir e conseguir se manter no poder.
Está interessante a briga de dois Mateiros contra uma ovelha, tomara que vença a população de Canoas, onde todos dependemos da sabedoria do bem decidir. Hoje, pessoas morrem por violência, não se pode nem tomar um café em uma padaria qualquer que você pode ser fuzilado repentinamente, a cidade ficou às escuras por quase um ano, o tão alardeado cercamento eletrônico não funciona. Sobre a saúde, melhor nem falar, já estão anunciando mais um mutirão para colocar em dia cirurgias e até simples exames que as pessoas esperam por anos.
Vamos lá, não queremos pracinhas. Queremos soluções, se não, vamos chamar o “Veio do Rio” para arrumar essa bagaça chamada Canoas.