Categorias

Most Viewed Posts

Header Ad

Categories

  • Nenhuma categoria

Most Popular

Most Viewed

Sorry! Try with valid API key.

Um Brasil dividido pelo radicalismo eleitoral

Por | Manuela Marantes Rech

Teremos eleições presidenciais este ano no Brasil. Hoje temos vários candidatos e postulantes ao cargo de Presidente do País, porém, apenas dois aparecem como os favoritos, o presidente Jair Messias Bolsonaro concorre à reeleição e seu principal adversário é Luiz Inácio Lula da Silva.

Existem outros candidatos, mas a tal terceira via parece não ter decolado e devemos ficar com a disputa entre estes dois mesmos. Para a eleição de outubro o Brasil contará com mais 9,1 milhões de eleitores, a comparação feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nos dá conta que o número de eleitores cresceu acima de 6% em relação a 2018.

Agora somos 156.454.011 eleitores. O eleitorado feminino aumentou ainda mais. Em 2018, eram 77,3 milhões eleitoras. Agora, são 82,3 milhões, significa que as mulheres são maioria do eleitorado brasileiro: 52,65%.

Os homens são pouco mais 74.044.065 eleitores. Houve uma leve queda na participação dos homens no total do eleitorado: de 47,45% para 47,33%. Trinta e seis mil pessoas preferiram não declarar o sexo

Importante destacar, que este ano, milhares de jovens procuraram a Justiça Eleitoral para tirar o título pela primeira vez: 2,1 milhões de jovens de dezesseis e dezessete anos, que não são obrigados a votar, garantiram o direito de ir às urnas. O número de eleitores com 16 anos mais do que dobrou em relação à eleição de 2018.

O eleitorado acima de 70 anos, para quem o voto também é facultativo, aumentou muito. São 14,893 milhões de eleitores, 23,82% a mais em comparação a 2018.

São estes números que irão definir o novo presidente do Brasil, que pode ser disputado em um ou dois turnos, dependendo da votação do crescente eleitorado Brasileiro.

O PERIGO DA RADICALIZAÇÃO

Estas eleições, de 2022, estão caminhando para o perigo da insensatez política no País, nunca antes aconteceu uma radicalização tão grande entre a esquerda e direita, as cenas do cotidiano mostram isso. O Brasil, hoje, se divide em Lula (esquerda) e Bolsonaro (direita) a violência tem aflorado em ambos os lados, quanto mais eles se distanciam de seus adversários nas pesquisas, pior fica a radicalização.

É fundamental que lideranças sensatas, independentemente do matiz ideológico ou da coloração partidária, busquem assegurar um mínimo de civilidade democrática à campanha e às eleições deste ano.

Mas isto não está acontecendo, as eleições deveriam ser um evento cívico – e fundamental como sempre – do regime democrático, que se confirma periodicamente pela manifestação da vontade do cidadão através do voto livre e consciente. Ocorre que está se configurando um panorama irritante e de radicalismo, isso causa uma grande apreensão em todos nós que acreditamos na livre manifestação de ideias e no debate civilizado. É preciso e desejamos preservar a racionalidade e a ponderação como referências para conter as disputas político-eleitorais em limites civilizados.

Mas não é isso que se desenha no horizonte, e sim, um previsível é o indesejável acirramento de uma confrontação “ideológica” que, gerada e despudoramente alimentada no território livre das redes sociais, tem potencial para pôr em sério risco a essência das campanhas eleitorais como espaço e instância onde a pluralidade de ideias e as posições político-ideológicas divergentes fecundam o próprio avanço democrático.

Agora corremos o perigo, bem presente, de perdermos a nossa democracia duramente conquistada.  Por isso, é profundamente preocupante o atual quadro de radicalização que antecede a campanha eleitoral. E que ameaça se agravar à medida que se aproximarem as eleições.

Precisamos apelar para que os líderes da disputa, independentemente da ideologia ou da coloração partidária, discutam uma espécie de pacto pela moderação, buscando assegurar um mínimo de civilidade democrática à campanha e às eleições deste ano.

Posso estar sendo “romântica” ou “inocente” para tempos tão conturbados, mas a ameaça real do radicalismo exige desprendimento cívico e convicção patriótica que, acima dos interesses partidários ou ideológicos, possam, pelo menos, arrefecer o ímpeto furioso dos mais extremados.

*Estudante do Colégio La Salle Canoas | 14 anos

    Leave Your Comment

    Your email address will not be published.*