Por | Marco Leite

Ontem fomos procurados por uma paciente do Hospital Nossa Senhora das Graças, o Gracinha, a senhora Angela Lúcia Guidolin Nunes, denunciou a demora de seu atendimento e a falta de equipamentos para remoção de cálculo renal.

Segundo suas palavras, ela esteve dia 22 na UPA da rua Caçapava, Mathias Velho, das 8 horas da manhã às 20 horas, fazendo medicamentos e esperando uma resposta do Hospital Nossa Senhora das Graças, ao qual a médica pediu a sua internação. Pois sua dor é insuportável, causada por um cálculo renal de 1,2 cm, que está trancado em sua uretra. A internação, segundo Angela, foi negada a baixa e alegaram não existir motivo suficiente para a ela permanecer internada. Sendo assim ela voltou para casa, onde passou a noite em claro com dores, e ontem (23) voltou para o Gracinha. Chegou no local às 9 horas da manhã, saindo do hospital às 22h44min.  Onde não conseguiu, mais uma vez, resolver seu problema. O médico urologista, segundo ela, falou ser impossível fazer a internação devido à falta de um aparelho (haste) que é inserido na pessoa, sobe até o rim. Devido a pedra dela estar bem alta a haste precisa alcançar a pedra para implodi-la. A informação é que esse aparelho não tem no SUS. Então foi pedido para ela retornar na segunda-feira (26) e fazer todo o procedimento novamente, ao qual ela vem fazendo e sofrendo com dores desde março e assim poder, finalmente, retirar um cálculo renal.

Angela encerra, “esse é meu depoimento e a verdade dos fatos. Minha filha estava junto, inclusive contestou o médico, tinham outras pessoas no momento e que ficaram impressionadas de como um hospital duas vezes rejeita um paciente com dor, onde alegam não ter leitos e o aparelho. Fiquei sabendo pela boca de um médico, que existiria leitos se não fossem indicações de políticos que estão lá dentro ocupando o lugar de quem realmente precisa, isso eu fiquei sabendo hoje”, conclui a paciente.

O QUE DIZ O HNSG

O Hospital Nossa Senhora das Graças esclarece que seus equipamentos estão funcionando corretamente. Os pacientes estão sendo atendidos normalmente pelas equipes de saúde, recebendo seus diagnósticos e sendo encaminhados aos tratamentos necessários, de acordo com as avaliações médicas.

REGISTRO DO ATENDIMENTO, FORNECIDO PELO HOSPITAL

A paciente Angela, a qual nos contactou, já teve seu diagnóstico, sendo a patologia definida como procedimento eletivo, sem indicação cirúrgica no momento.

O médico solicitou exames para procedimento ambulatorial, marcou retorno da paciente com urologista e orientou sobre a necessidade de retorno à Emergência, conforme sinais de alarme.

Importante salientar que em nenhum momento a equipe indicou tratamento cirúrgico de Urgência/Emergência, e nem comunicou falta de alguma condição técnica para garantir a conduta médica.

Paciente tem registro de entrada às 10h25, foi atendida pelo clinico às 10h43 e atendida pelo urologista as 11h20. Foi novamente avaliada às 16h42 e teve alta no sistema às 22h06.

NOTA DO ALDEIA

O Certo disto tudo, é que a saúde de Canoas vai de mal a pior, uma crise que parece não ter fim, são reclamações de todos os lugares, onde faltam insumos e o mínimo necessário para um bom atendimento. Entras empresa, sai empresa, intervenções são feitas e nada se resolve. Aí quando denunciamos, sofremos ameaças de processos judicias por falar o que é certo fazer. O depoimento de Angela é claro, ela passou 48 horas peregrinando e nada foi resolvido, a moça está em casa com dores e só voltará a ser atendida no dia 26, relatou falta de equipamento e o hospital nega. O certo é uma casa de saúde dar condições para todos os pacientes e não privilegiando alguns, como denunciou Angela. Vamos continuar acompanhando esse e outros casos que nos chegarem e a verdade sempre prevalecerá.