Prestes a ter seu “habeas” julgado, Jairo Jorge recebe “visita” do MP
Por | Marco Leite
Aos poucos o prefeito afastado Jairo Jorge vinha retomando sua vida pública, com um programa nas redes socais, chamado Domínio Público, e com encontros aos sábados em praças públicas da cidade, nos mesmos moldes do Prefeitura na Rua idealizado em seus mandatos como Alcaide e que acabaram tendo um fim devido ao seu afastamento. O sucedâneo Nedy de Vargas Marques optou por não continuar, assim nasceu o Prefeito Afastado na Rua.
Porém, hoje Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), esteve novamente em nossa cidade, onde cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Jairo Jorge (PSD). Informações que nos chegaram através da imprensa é que a ordem judicial foi para as autoridades buscarem bens sequestrados, como carros e apartamentos. Não temos informações se foram encontradas algumas provas do suposto ilícito.
A operação Copa Livre, é no âmbito de supostas propinas recebidas de empresas terceirizadas.
RELEMBRANDO O CASO
A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul afastou o Jairo Jorge do cargo em 31 de março de 2022 e após os 180 dias de afastamento o MP pediu e conseguiu mais 180.
No dia 5 de julho, Jairo Jorge, com outras 16 pessoas, foi denunciado pela suposta prática de crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e peculato.
Em setembro, o MP apresentou a segunda denúncia contra o político e mais 13 pessoas. Nesse processo, Jorge é acusado de dispensa indevida de licitação.
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O HABEAS
Jairo Jorge estava prestes a ter seu recurso julgado, de acordo com o blog do Jornalista Rodrigo Becker, AGBC, vejam o que diz a reportagem:
CANOAS | Habeas de JJ está por um ‘quase’ para ser julgado no STJ
Antes de chegar à 6ª Turma, processo precisa de uma manifestação do Ministério Público Federal
O julgamento do habeas corpus da defesa de Jairo Jorge que pode revogar o afastamento do prefeito canoense está praticamente pronto para ser votado na 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, o STJ. O blog apurou que o processo aguarda apenas uma manifestação do Ministério Público Federal, o MPF, para entrar na pauta da turma. O parecer do MPF é uma exigência de todo processo que tramita na corte superior mesmo em casos como o de JJ que tem relação com uma investigação estadual e, portanto, fora da competência do órgão federal.
Havia uma expectativa de que o habeas pudesse ser votado nesta quarta-feira, 22. Embora a pauta da corte não tenha sido divulgada, é improvável – praticamente inviável, diria – que seja julgado nesta data. O volume de processos em análise no MPF tem esticado o prazo normal que o órgão costuma levar para emitir sua manifestação. A defesa de JJ pediu uma audiência com o procurador federal do caso. O plano é antecipar o máximo possível a entrega do parecer para que, então, o processo possa ganhar o plenário da 6ª Turma.
Numa perspectiva positiva, o julgamento do caso pode acontecer entre os dias 7 e 14 de dezembro, sempre numa quarta-feira, à tarde. A defesa do prefeito tem a prerrogativa de pedir sustentação oral dos seus argumentos, o que é visto como um elemento importante em casos como esse. Os ministros que compõe a 6ª Turma costumam acompanhar o voto do relator em praticamente 90% dos julgamentos, conforme estatística do próprio STJ. A sustentação oral é a brecha para que se detenham melhor sobre o pedido que pode devolver o prefeito ao mandato para o qual foi eleito em 2020.
Se não entrar na pauta destes dias, ainda restam as sessões virtuais da corte. Eles devem acontecer em datas ainda não divulgadas entre os dias 14 e 17 de dezembro. No dia 20, começa o recesso da Justiça Federal – o que empurraria uma decisão para janeiro do ano que vem.