Não precisamos escolher entre a vida e a economia
Por | Marcus Vinícius Machado (Quinho)
Seria irresponsável negar a importância do isolamento como uma das medidas contra o avanço do coronavírus. Foi o que nos pediram os governos para achatar a curva de contágio e dar tempo de aparelhar nosso sistema de saúde antes de um pico da pandemia.
Pois bem. Aderimos. E não quero aqui minimizar o desafio que tem sido aos administradores públicos, mas o que constatamos? Que não foi suficiente apenas ficar em casa, apenas fiscalizar, apenas adotar cuidados essenciais como usar máscaras, higienizar as mãos, manter distância. Isso já ficou evidente em inúmeros países. Não basta.
Precisamos ir além. Estamos em um momento em que não é mais somente a doença que precisa ser curada. Pequenos e micro empreendedores, responsáveis por 97% das empresas de Canoas, estão minguando. E, segundo prognósticos, 60% deles vão quebrar até o fim da pandemia. São milhares de empregos anulados.
Há um estudo bastante promissor que faço questão de compartilhar, reunindo experiências de cerca de 4 mil médicos que propõem tratamento farmacológico na primeira fase da COVID-19. A partir de seus estudos, esses profissionais atestaram que uma combinação de medicamentos no início dos sintomas reduziu a evolução da doença antes que chegasse às fases 2 e 3, quando o vírus chega ao pulmão e a outros órgãos.
Ou seja: melhora o tratamento da população, facilita a gestão de leitos de terapia intensiva, previne o colapso do sistema de saúde e auxilia os gestores a uma retomada econômica.
Não se trata de uma verdade absoluta, mas uma possibilidade real de avanço. Ninguém ousa dizer que encontrou a solução.
Mas no Pará, por exemplo, o protocolo tem sido considerado “o milagre de Belém”. Lá, relatos são devastadores. Médicos vendo pessoas morrerem dentro do carro por falta de leitos. E foi justamente o tratamento por fases da doença que modificou o cenário, assim como em outras cidades do Norte e do Nordeste, da Espanha, da Itália, do Rio Grande do Sul. Aqui, temos Gramado e Lajeado adotando o modelo.
Se há ciência, feita por profissionais que estão ao lado do paciente, em busca de medidas simples e baratas, essa experiência tem que ser do interesse emergencial de prefeitos e governadores.
Não vamos escapar da falta de UTIs. Talvez estejamos diante da chance tanto de evitarmos a escassez de leitos quanto a de permitir uma retomada econômica. Salvar vidas e dar a volta por cima ao mesmo tempo.
É muita ousadia exigir que os administradores ouçam aqueles que estão pesquisando, estudando, buscando alternativas para contribuir? Quem sabe temos um exemplo para o mundo?
Assim como sabotar os cuidados essenciais de prevenção trazem danos, sabotar uma possibilidade antes de olhar para ela com respeito é enterrar, talvez, um resultado promissor.
Por fim, aconselho muito que assistam a uma live realizado no canal do jornalista Alexandre Garcia (bit.ly/live_Covid19).
Quinho, é vereador do Republicanos em Canoas
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