A POLÍTICA DO PÃO COM OVO
Por Rodrigo Schmitt
Política que só ataca e joga ovos, apenas afugenta as pessoas do interesse sobre o que acontece na cidade. Juristas de botequim tentam moer reputações e a maioria dos críticos nunca leu sequer um gibi completo, quanto mais um processo.
Alguns juristas capacitados rasgam a Constituição Federal, a presunção de inocência e tudo o que aprenderam na faculdade, apenas com o objetivo de sustentar suas posições políticas.
Vemos ameaças, ofensas, valentes de redes sociais, promiscuidade com o uso do poder público e algumas ligações espúrias com o que há de pior na nossa sociedade.
Quando alguém se posiciona sobre política é imediatamente rotulado como alguém que quer defender o emprego ou alguém que quer um emprego.
E não raras vezes é verdade mesmo.
A política está cada vez mais enojante, pois tudo o que se verifica não é discussão política e que agrega algo, mas politicagem que busca destruir o grupo adversário.
Teóricos sobre direita e esquerda passam vergonha na prática quando tentam explicar as composições e alianças.
Criticam políticos que trocam de partido dizendo que o mesmo não possui fidelidade partidária, mas o que menos vemos são partidos com fidelidade ideológica.
Aliança de última hora, traições, negociatas com cargos presentes e futuros, em nenhum momento existe qualquer discussão ideológica ou programática.
Moralismo, ignorância, discussões apaixonadas, “tribunais” de redes sociais.
Tudo colabora para que tenhamos um povo que cada vez participa menos da política.
A ausência nas urnas até seria justificada por uma pandemia se realmente pudéssemos acreditar que nosso povo é consciente e quer cuidar da própria saúde.
Porém basta ver as aglomerações inúteis e estúpidas nas ruas enquanto as UTIs estão lotadas que percebemos que a COVID não teve nenhuma relação com as abstenções.
As pessoas estão com nojo da política.
Simples assim.
Rodrigo Schmitt é advogado e cronista oficial do Limoeiro em nova fase