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COVID-19 “EU VENCI”

Por | Beth Colombo      

 

Foi em Setembro de 2020, estávamos todos em alerta convivendo com o COVID-19, álcool gel nas mãos, máscara, distanciamento, mas também reuniões acontecendo, afinal era ano de eleições.

            Viajei fazendo encontros políticos presenciais, sempre mantendo os cuidados recomendados, observando o número reduzido de participantes.

            Quando um grupo de amigos e conhecidos se encontram é inevitável alguém não cumprir com as regras estabelecidas, um abraço, retirada da máscara para uma foto acontece.

            No retorno de uma dessas viagens pressenti que acontecera o que mais temia, fui contaminada pelo vírus que não perdoa o descuido.

            Principais sintomas, tosse, dor de cabeça, dor de garganta, imediatamente procurei ajuda médica que só comprovou minha desconfiança.

            Encaminhada à fazer uma tomografia que diagnosticou 25% de comprometimento pulmonar. Isolamento dentro de meu quarto e Graças a Deus e ao amigo médico, iniciei o tratamento precoce com todos os medicamentos do “KIT”.

            Nos 10 primeiros dias os sintomas foram de muita dor, o corpo não suportava sequer o peso do edredom, olfato e paladar desapareceram, dores de cabeça constantes, não aceitava qualquer alimento, uma prostração desesperadora, indiferente se dia ou noite  só queria dormir.

            Meu isolamento durou 15 dias, prisioneira do COVID-19, fui cuidada pelo meu marido Chico, a quem agradeço pela dedicação e paciência, temia muito por ele mas saiu ileso.

            Quando a porta do quarto se abriu para eu sair, a primeira pessoa que vi foi meu filho que exclamou: “mãe que magreza a e essa”?. Sim, foram seis quilos perdidos, pele murchou, olheiras profundas, mas uma alegria imensa pela Graça de estar viva.

            Minha certeza de que se não fui para o Hospital, não necessitei de respirador, se venci, foi porque tive o privilégio de contar com as orientações médicas adequadas e arrojadas de um profissional da maior competência, o apoio do meu cuidador e com a certeza de não perder minha fé, que permitiu encontrar as forças que precisava.

Funcionária Pública e Professora

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