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Rede de enfrentamento à violência de gênero se reúne em Canoas

Por | Telassim Lewandowski

Alertas sobre a pandemia de violência doméstica que assola nossa cidade e país reuniu-se na tarde dessa quarta-feira, no Centro de Referência da Mulher em situação de violência Patrícia Esber a rede de enfrentamento à mulher vítima de violência de Canoas, como forma de combater a violência de gênero na cidade. Desde o ano de 2009 a rede tem se organizado para discutir as políticas públicas para mulheres no que diz respeito à violência doméstica, sendo assim, Canoas tem uma rede completa com ações efetivas de combate à violência.
Estavam presentes a Patrulha Maria da Penha da PM, Casa Abrigo, Coordenadoria de Mulheres de Canoas e Nova Santa Rita, os serviços da Uniritter e Unilassalle de acompanhamento jurídico e psicológico, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e o Conselho Tutelar.
Nesse momento de pandemia devemos redobrar a atuação e atenção da rede às mulheres canoenses no que diz respeito à violência doméstica, no ano de 2020 tivemos na cidade UM feminicídio (quando a mulher é morta pelo fato de ser mulher), só no ano de 2021 de janeiro a maio, ou seja, em menos de seis meses dobramos essa ocorrência, sendo 3 feminicídios consumados na cidade.
Juntamente às Promotoras Legais Populares, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, através da sua Presidenta Ana Mossatte tem se mobilizado contra o Feminicídio, encampando a campanha do Levante Feminista Contra o Feminicídio que tem como mote o tema: Nem Pense em Me Matar. A Coordenadora de Mulheres da Prefeitura Municipal de Canoas, Vanir Piovesan alerta que devemos estar cada vez mais em contato constante e alerta para esse combate à pandemia de morte de mulheres ser efetivo.
A Coordenadora da Casa Abrigo, Dra. Letícia acha fundamental que nos reunamos de forma presencial e alerta que a rede precisa aproveitar esses momentos para resolução de casos e que podemos levantar as questões que cada caso exige de cada parte da rede e que podemos juntas e juntos solucionar de forma mais efetiva casos graves de violência.
Telassim Lewandowksi, coordenadora do Centro de Referência salienta que precisamos ser mais firmes na solução de casos, lembra que o Centro de Referência para Mulheres Vítimas de Violência é a porta de entrada da rede de enfrentamento à violência e que nosso serviço acolhe, orienta e fortalece para encorajá-las a procurar seus direitos para sair dessa situação de violência.
A Patrulha Maria da Penha, através dos Soldados Scherer e Sartori, se coloca à disposição e diz que nesse momento a PM está em curso sobre a Lei Maria de Penha, um curso de extensão para todos os patrulheiros do RS, lembram que o papel da Patrulha Maria da Penha é de visitar as mulheres que possuem Medida Protetiva de Urgência e estão em risco de vida, são feitas na média 15 visitas por dia.
A pandemia provocou um aumento efetivo de casos de violência, seja pela convivência isolada com agressores, seja pela miséria que afeta nosso país, aumentando a violência de um modo geral, sabemos que nosso papel como serviços essenciais é fundamental para a vida dessas mulheres.
Nosso desafio é reunir o maior número de agentes de toda esfera pública, seja habitação, saúde e desenvolvimento social para que se somem nas próximas reuniões e ações. As reuniões de rede acontecem toda a segunda quarta-feira do mês com local a definir.

Coordenadora do CRM Patrícia Esber e
Coordenadora Geral do Coletivo Feminino Plural

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