Por | Marco leite

Um governo que já injetou mais de R$ 2,7 milhões, em benefícios para uma empresa privada chamada Sogal, nos seus primeiro seis primeiro meses de gestão. Empresa essa, que não honra seus compromissos fiscais e trabalhistas, aplicar multas é uma prática e uma obrigação, de justiçar o mau serviço prestado a população.

O executivo insiste em justificar seus atos mostrando indicativos da gestão que já não está mais no Paço Municipal, no referido texto do site governamental diz: Somente nos primeiros seis meses de 2021, o valor de multas aplicadas está em R$ 227.500,00. Valor 200% maior do que o aplicado em todo o ano de 2020, que fechou em apenas R$ 50.000,00. Em comparação, ao longo de todo ano de 2019 o valor de multas aplicadas foi de R$ 201.000.00.

Multas essas, que certamente não serão pagas, pois a empresa não honra seus compromissos. O governo não cita em sua matéria o capital de nosso erário repassado para empresa como justificativa de esse valor ser repassado aos funcionários e ex-funcionários. São como falamos acima, mais de R$ 2,7 milhões.

Se for para justificar as ações com lamentações do que não foi feito no passado, infelizmente, vamos continuar chovendo no molhado. O governo fala que: desde que a nova gestão municipal assumiu e regida pelo decreto que determina normas de prevenção contra a Covid-19 a serem cumpridas nos ônibus de Canoas, a Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade Urbana intensificou a fiscalização aos coletivos. Com isso, o número de multas aplicadas na empresa Sogal aumentou consideravelmente em comparação ao ano anterior.

Mais uma vez, cita o anterior, nós queremos saber do presente e de soluções e com muitas perguntas.

Quando é que o governo vai obrigar a empresa pagar com correção seus funcionários?

Como serão cobradas essas multas?

Até quando o executivo vai sustentar a empresa?

E, principalmente, quando vai começar a governar olhando pra frente, sem justiçar as coisas com a gestão anterior?

Segundo o governo, são cerca de 398 autuações aplicadas até o dia primeiro de junho, principalmente por infrações em viagens não realizadas (R$460,00 a cada ausência), saídas cumprimento da tabela horária – superando 5 minutos de tolerância para mais ou para menos, bem como superlotação (R$ 1.840,00 a cada excesso de passageiros verificados nos veículos) e más condições dos veículos.

O secretário Francisco Nunes, o Chico da Mensagem, lembra que os cidadãos vêm enfrentando, na prática, os efeitos dos descumprimentos por parte da empresa, por isso a situação dos coletivos é reavaliada diariamente, com vistas a um transporte de qualidade, sem transtornos, atrasos e longas filas. “Estamos executando toda a fiscalização necessária. Não estamos poupando esforços para garantir melhorias nos serviços prestados pela Sogal, que têm obrigações a cumprir e precisam atuar com responsabilidade. Nossas ações seguirão intensificadas para que o cidadão canoense tenha transporte eficiente e satisfatório”, garantiu o secretário.

Fiscalizar, sim, mas a empresa já ultrapassou todos os limites toleráveis de descumprimento de um serviço minimamente razoável. Aplicar multas pra boi dormir de nada adianta, pois elas não serão honradas. Não, o governo não está poupando esforços, como diz o secretário, está é sustentando a empresa há seis meses e injetando nossos impostos em uma coisa que só tende a piorar. Faz mais de quatro meses que uma junta governamental está dentro da Sogal, mas foi terceirizado um estudo para um possível aumento das passagens.

Será que não existem pessoas capacitadas na tal “junta governamental” para fazer esse estudo?

É preciso terceirizar e gastar mais dinheiro público?

Está difícil a situação, enquanto o governo traz cálculos do passado, para se vangloriar e omite a “ajuda a empresa” durante sua gestão. Quem vai sofrer e está sofrendo é o “Seu Zé Povinho”, aquele que fica horas nas paradas esperando por um coletivo que lhe deixou na mão e sabedor que as multas aplicadas para empresa jamais serão honradas.

É muita historinha pra boi dormir!