Por | Marco Leite

Hoje recebi, em mãos, o informativo da Prefeitura Municipal de Canoas. É um jornal com oito páginas, totalmente colorido, impresso no Grupo RBS e com uma tiragem semanal de 100 mil exemplares. Calculamos por cima o gasto de impressão, visto que trabalhamos com isso e também imprimimos jornais na RBS, uma edição custaria em média R$ 12 mil, sendo R$ 48 mil por mês e por ano cerca de R$ 576 mil. Somando-se a isso a empresa contratada para distribuição dos exemplares, devemos chegar ou superar um gasto de R$ 1 milhão por ano, um belo gasto em propaganda pública.

Todo o cálculo é subjetivo, visto que o portal da (in) transparência é de difícil acesso, mas os custos devem estar lá em algum lugar, basta pesquisar. Aliás, quem quiser nos ajudar pode nos mandar os contratos, já que o executivo não faria isso.

Mas, o referido informativo, nos trouxe à memória um lote de uma edição que foi parar em uma empresa de reciclagem antes mesmo de sua circulação. Na época a Prefeitura, que foi pega de surpresa com nossa denúncia, ficou de apurar os fatos e inclusive fez boletim de ocorrência na Polícia Civil. Mas até hoje não veio a público explicar o que aconteceu e como o dinheiro público foi colocado no lixo. As pessoas podem esquecer os fatos, mas nós, como os elefantes, temos boa memória e vamos continuar mostrando o descaso com o erário. Já não basta o que se gasta com publicidade, ainda jogam fora, ou reciclam, os nossos impostos.

RELEMBREM O CASO