A mídia amiga, não conta das prováveis demissões no HU e HPSC
Por | Marco Leite
Como sempre a história da carochinha continua se falando maravilhas, a saúde está ótima, oncologia, novos leitos, energia solar, entre outros feitos materiais.
Mas e o investimento na valorização dos profissionais como fica?
A imprensa amiga da mídia, nada contou para vocês sobre a reunião de ontem?
Não, né?
Mas ela existiu e foi forte, os representantes dos profissionais de saúde reuniram-se com o Alcaide e sua equipe de governo, ninguém cita os interventores, mas eles deveriam estar lá também.
De acordo com as redes sociais e grupos, sim as notícias rodam de diversas formas, isso a mídia amiga não tem o poder de esconder, por exemplo: de acordo com os representantes, “a reunião com o prefeito Aldeia foi um completo fracasso, isto porque o chefe do executivo conseguiu nos conceder não mais do que 30 minutos da sua atenção”.
Só esse fato, do pouco tempo, já teria sido ruim. Mas o pior foi o descaso com a pauta dos trabalhadores e as assustadoras informações que o Alcaide e sua equipe passaram para os representantes da saúde.
Após uma explanação sobre o primeiro contato feito em janeiro de 2021, ou seja, no início do mandato da nova gestão que está para completar um ano. Passando pela primeira reunião em quatro de março e outros três encontros frustrantes com o gestor do HU, para cobrar à recomposição salarial a necessidade de aplicação da convenção coletiva (conjunto de direitos) que eles deveriam estar repassando aos trabalhadores, mas se fazem de loucos e não passam. Tudo isso dito pelos trabalhadores durante a abertura da reunião.
AS DESCULPAS
Após isso o Prefeito, então, pediu a palavra para justificar que eles são interventores por decisão judicial e que por isso não poderia cumprir o instrumento coletivo. Que não poderia dar reposição salarial, porque a lei federal 173 não permitia que o tribunal tinha mandado desfazer aumento repassado através de lei feita por ele. Enfim, inúmeras justificativas para não reconhecer os “heróis da pandemia”.
Mas só isso já seria trágico, não fossem outras falas em tom assustador. A primeira, dita por um membro da equipe governista, que era fato que o contrato da GAMP tinha encerrado e que cerca 3500 trabalhadores serão demitidos.
Mas a segunda foi ainda pior, pois os representantes foram informados que o Governo teria que procurar o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para ver como faria para pagar a indenização dos demitidos. Justificando, com isso, que ele só poderia pagar por decisão judicial. Dando indícios que não querem se responsabilizar com a indenização dos trabalhadores. De acordo com relatos, a dívida trabalhista com indenizações já passa de R$ 100 milhões.
Os trabalhadores estão bem revoltados, dizem, que o Alcaide contratou os adoráveis gestores do GAMP e agora dá a impressão que não tem culpa pelos problemas gerados com a contratação de um bando usurpadores da saúde. Também foi dado a entender na reunião, é que o Governo não teria qualquer responsabilidade sobre as verbas rescisórias.
A impressão que os representantes dos trabalhadores tiveram é, que executivo já deveria ter dado o devido encaminhamento a Saúde de Canoas e o reconhecimento aos trabalhadores, mas isso parece não estar na sua pauta do atual governo.
Após o Prefeito se retirar da reunião com seus assessores, os trabalhadores foram encaminhados para o Secretário da Saúde e para membros da Procuradoria Geral do Município (PGM). E esses pediram para os trabalhadores, através do seu jurídico, lembrassem o que eles fizeram lá atrás. Querem que os sofridos trabalhadores mostrem direitos e deveres e o que precisam pagar aos profissionais o que lhes é devido. Incrível, parece uma história fictícia, aguardemos as cenas do próximo capítulo.
FICA A DICA
Máquinas não operam sozinhas, leitos não atendem pacientes e prédios sem pessoas não funcionam.
Sem pessoas a saúde pode ser rica e equipada. Mas é só material, e o lado humano prefeito?
Bom, o lado humano está sofrendo com o descaso desumano.