Por | Marco Leite

Normalmente as pessoas de bom coração e corretas são pessoas que tem a grandeza de ânimo; são corajosos, generosos e bondosos. Praticam a “longanimidade de Deus”.

O ser longâmico demonstra paciência, resignação e normalmente é conformado. Como a própria palavra insinua aceita as coisas por “longo” e árduo período.

Mas muito longe de ser bobo, quem pratica a longanimidade pode parecer aos olhos dos gestores nefastos um fraco, mas na verdade usa-se do discernimento e sensatez para resolver as adversidades sem usar a força física ou de maneira irracional.

Então, o longâmico, quando perde a paciência e vê o errado, passa a defender o correto, muitas pessoas depositaram seus votos na confiança de uma melhora de nossa cidade e por fim elegeram um novo mandatário em meio a uma pandemia, como nossos hospitais lotados de gente doente por contaminação, ou outras enfermidades. Perdemos muitos amigos, familiares e conhecidos.

Agora vem o Ministério Público e aponta irregularidades de um montante de R$ 66 milhões, por um “consórcio nefasto”, onde segundo o MP: os “favorecidos” eram empresários paulistas, empresas instaladas em nossa saúde, políticos da Aldeia e seus parentes.

Uma verdadeira quadrilha aproveitou o rico vindo dinheiro do Governo Federal e lesou o erário da cidade. E pior, vidas foram perdidas por esse nefasto ato. O MP afastou alguns políticos, mas deveria afastar toda a administração. Não adianta meia intervenção, não se pode deixar o cofre aberto para ninguém.

Agora surge um movimento, tímido ainda, de alguns vereadores pedindo esclarecimento ao MP para encaminhar uma investigação mais apurada, agora na esfera política.

Mas como fazer isso?

Se a grande maioria dos “edis” tem cargos no executivo e costuma votar conforme a cartilha do governo.

Está na hora do ser longâmico, perder a paciência e acabar com essas ações execráveis de um governo nefasto. Vidas foram perdidas, pessoas queridas foram embora sem uma despedida digna. Existe um senhor em uma gaveta do HSPC há quase três anos, já denunciamos, e nada é feito.

A vida não importa mais, o que vale são rachadinhas, nepotismo cruzado e escancarado e agora suspeita de uma quadrilha agindo na cidade.

Imaginem o quando se faria com R$ 66 milhões?

Poderiam melhorar a merenda, achamos louvável a propaganda que foram servidas 45 mil refeições por R$ 1 real no restaurante popular.

Mas de que isso adianta?

Se as pessoas estão comendo comida fria em nossas casas de saúde, se pacientes não são atendidos nas emergências. Dia desses foi na pediatria, foram horas de espera, e sabem qual foi a explicação? Só tinha um médico pediatra em um hospital daquele tamanho. Claro, só podia faltar médico, com essas empresas contratadas em “caráter (duvidoso) emergencial” cerca de 1.400 profissionais de saúde foram embora, então, é claro, estamos com um déficit de profissionais.

Citamos aqui esses exemplos, porque fomos criticados nas redes, por defensores do governo, que estamos condenando os afastados, não, não estamos condenando ninguém. Estamos apresentando os fatos que a maioria da imprensa não apresenta. Quem condena é a justiça, e fez isso dias atrás, em outro caso envolvendo os governantes de hoje, por atos em outra gestão do passado.

É simples assim, somos longâmicos, mas não somos bobos, e sempre estaremos vigilantes para os gestores nefastos.